𝙉𝙪𝙢𝙗 | 𝙈𝙖𝙩𝙩𝙝𝙚𝙤 𝙍𝙞𝙙𝙙𝙡𝙚

t r i n t a - e - c i n c o

𝒟𝒶𝓁𝒾𝒶 𝒫𝑜𝓋

Corro pela estrada, a chuva me encharcando enquanto vou.

O cascalho da estrada perfura meus pés descalços, mas eu o ignoro.

Percebo uma figura à distância, então, por algum motivo, corro mais rápido para quem quer que seja.

Meus pés batem contra a estrada enquanto corro em direção à figura que parece estar correndo em minha direção também.

Percebo a figura se aproximando cada vez mais e os ouço gritar.

— Dalia! — ele chama. Eu conheço essa voz.

— Mattheo? — eu suspiro, correndo mais rápido.

Então eu alcanço a pessoa e eles me abraçam.

Eu aperto meus braços ao redor do garoto familiar enquanto balançamos de um lado para o outro, abraçados.

— Você é real? Você está aqui? — eu pergunto baixinho, me afastando para examiná-lo. Eu pego sua cabeça em minhas mãos e olho para ele.

— Sim, estou aqui. Estou aqui. Como você sobreviveu dez minutos neste lugar?

— Eu também gostaria de saber.

Ele tira uma ampulheta do bolso e verifica.

— Nós temos de ir agora — ele me diz, pegando minha mão.

— Como? Onde? Eu nunca sei como escapar deste lugar — eu suspiro.

— Você tem que tentar, ok? Se não tirarmos você daqui agora, você pode morrer. E eu não sei se posso viver com isso. Então temos que tirar você daqui. Agora.

— Não podemos — eu sussurro. — Não posso.

— Sim, você pode. Você controla este lugar. É tudo para você. Apenas nos imagine de volta a Hogwarts.

Concordo com a cabeça antes de fechar os olhos e fazer o que Mattheo disse.

Concentro-me em acordar. Abrindo meus olhos.

Após cerca de trinta segundos, abro os olhos e suspiro.

— Não posso — eu respiro, sentindo lágrimas nos meus olhos.

Mattheo olha para o cronômetro e vê que não sobrou muita areia.

— Por favor, Dalia. Temos que tirar você daqui para salvar sua vida — ele implora.

A chuva cai sobre nós, então não posso dizer se ele está chorando ou é apenas chuva. Provavelmente só chuva.

— Eu estou tentando tanto, acredite em mim, eu estou. Eu simplesmente não consigo.

𝒟𝑒𝓍𝓉𝑒𝓇 𝒫𝑜𝓋

Eu fico, observando minha melhor amiga e seu talvez namorado neste coma ou algo assim.

Percebo o cronômetro na mão de Mattheo. Eles não têm muito tempo de sobra.

— Existe alguma maneira de acordá-los daqui ao invés de lá? — eu pergunto preocupado. Não vou perder a melhor pessoa da minha vida.

— Não temos como saber se Mattheo encontrou Dalia ou não. Se o acordarmos nós mesmos, é perigoso para Dalia. Ela só pode ser acordada por dentro, por ela mesma — Dumbledore suspira.

— Como sabemos que ele está procurando por ela?

— Ele vai encontrá-la — Dumbledore me diz.

— VOCÊ NÃO SABE ISSO! — eu grito. Estou cansado dessa merda. Eu não posso perder minha melhor amiga, minha pessoa favorita em toda a porra do mundo. Eu morreria por ela. E quero dizer morrer por ela.

— Estou acordando-os — eu digo. Eu não sei como já que a bolha protetora de Dumbledore não deixa nada entrar, mas eu vou dar um jeito.

𝑀𝒶𝓉𝓉𝒽𝑒𝑜 𝒫𝑜𝓋

— Use seus poderes — eu digo, correndo minha mão para cima e para baixo em seu braço de forma tranquilizadora.

Ela assente e fecha os olhos. Dou um passo para trás quando ela abre as palmas das mãos e vejo suas mãos tremerem.

Eu vejo como seus pés levantam suavemente do chão, então ela está pairando na chuva.

As estradas, casas e hospitais ao nosso redor começam a desmoronar enquanto Dalia destrói tudo.

Uma vez que tudo acaba e estamos na sala preta com o chão coberto de sangue, ela graciosamente deriva para o chão e abre os olhos.

— Você fez isso — digo, chocado.

— Sim. Eu fiz isso — ela diz, parando sem jeito na minha frente.

— Mas ainda não saímos — eu indico.

— Acho que tenho uma ideia. Me dê sua mão.

Ela pega minha mão e fecha os olhos.

Ela faz alguma coisa porque a próxima coisa que sei é que estou sentada no chão, encostada na parede, na bolha protetora.

Eu olho para a minha direita para ver Dalia ao meu lado, ofegante e ofegante, os olhos arregalados.

Dumbledore quebra a bolha e Dexter levanta Dalia.

Eles a trazem para a cama do hospital e a deitam.

— Tente o seu melhor absoluto para não desmaiar — Pomfrey diz a ela.

Ela acena com a cabeça enquanto Dexter envolve as mãos em torno da adaga que ainda está pendurada em seu estômago.

Ele puxou violentamente, tirando a adaga de seu estômago, fazendo-a gritar de dor.

Eu corro para o lado dela para ter certeza que ela está bem enquanto Pomfrey cuida de seus ferimentos.

— Você vai ficar bem agora — eu sorrio.

Dexter me empurra de lado e abraça seu melhor amigo com força.

Vejo lágrimas em seus olhos, mas decido não apontar.

— Eu pensei que você estava morto. Eu pensei que tinha perdido você, Darls — ele diz baixinho enquanto eles se agarram um ao outro.

— Eu prometo que nunca vou te deixar. Além disso, eu preciso tocar a música trouxa, WAP, no seu funeral — Dalia brinca, mas ainda posso ver que ela está chorando.

Esses dois realmente são melhores amigos.

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Os próximos capítulos quase definitivamente vão quebrar você como eles quebraram a mim.

Aproveite 🥰🔫