𝙉𝙪𝙢𝙗 | 𝙈𝙖𝙩𝙩𝙝𝙚𝙤 𝙍𝙞𝙙𝙙𝙡𝙚

d e z e s s e i s

𝓜𝓪𝓽𝓽𝓱𝓮𝓸 𝓟𝓸𝓿

Sento-me na Torre de Astronomia, fumando.

Estou confuso sobre Dalia. Seus pais abusam dela e de Davy, mas não de Draco. Ela faz um grande ato duro para que ninguém possa saber como ela realmente se sente.

Esteve lá. Fiz isso.

Ouço passos subindo as escadas, mas não me incomodo em me mover.

Vejo Dalia se sentar e balançar as pernas para fora da torre.

— Este lugar é lindo. — Ela murmura.

Eu sorrio.

— Olha, isto é constrangedor. — Eu digo.

Ela se vira e me encara.

— Por quê você está aqui? —  Ela pergunta.

— Porque eu queria ficar longe de você. — Eu digo a ela.

— Duro, mas compreensível. — Ela encolhe os ombros.

Ela se vira e fica ali sentada.

Eu suspiro antes de fazer meu caminho em direção a ela. Sento-me ao lado dela e lentamente observo seu perfil lateral.

Porra, tudo bem então.

Ela obviamente pode me sentir olhando para ela desde que ela se vira para olhar para mim.

— Pare. — Ela diz.

— Parar o que? — Eu pergunto, fingindo que não sei do que ela está falando.

— Pare de olhar para mim antes que eu arranque seus olhos.

Sorrio um pouco, mas não paro de olhar para ela.

Nós fazemos contato visual muito estranho por alguns minutos antes de eu me lembrar por que estou realmente aqui.

Eu levanto minha mão que está segurando o baseado e o trago aos meus lábios.

Quando expiro, sopro deliberadamente a fumaça para Dalia. Ela faz uma careta enquanto inala a fumaça antes de tossir levemente.

— É, talvez você não faça isso da próxima vez. — Ela diz, tossindo.

— Não, eu gostei. — Eu dou de ombros.

— Você gosta de qualquer coisa que me irrita.

— Isso não é verdade!... eu não gosto de Snape. — Eu começo.

— Ah, cale a boca, pode ser? — Ela geme.

— Por que você está aqui? — Eu pergunto a ela.

— Eu não sei. Minhas pernas me trouxeram aqui porque eu precisava de uma pausa de você.

Eu ri.

— Então, queríamos nos afastar um do outro, mas fomos para o mesmo lugar. Faz todo o sentido. — Eu digo sarcasticamente fazendo ela sorrir

Eu me viro para ela novamente.

Eu realmente nunca notei o quão bonita ela é quando ela não está me esfaqueando ou me socando.

Eu balanço minha cabeça, tentando me livrar dos pensamentos. Mas me pego olhando para ela novamente.

— O que eu disse sobre os olhos. — Ela diz, sem olhar para mim. — Eu realmente vou arrancar seus olhos se for preciso.

— Eu sei que você vai. Eu não duvido. — Eu sorrio.

Ela suspira e olha pela janela para Hogwarts. Ela olha para a mão e mexe com as bandagens.

— Não mexa. Você vai quebrá-las. — Digo a ela, tirando suas mãos das bandagens e, em vez disso, segurando-as com minhas próprias mãos.

— Elas já quebraram. Bem, meus pontos estouraram e o sangue ficou em todos os lugares. Não vou mentir, parecia meio legal, mas ainda era irritante. — Ela encolhe os ombros.

Por alguma razão, eu envolvo meus dedos ao redor de sua mão. Ela olha para nossas mãos entrelaçadas antes de sorrir levemente.

— Sinto muito por esfaquear você. — Ela murmura.

Eu rio um pouco antes de me virar para ela.

— Sinto muito por esfaquear você também.