Duskwood - One New Start

Capítulo 47 - Carta para Ted.

– Mas quanto mais tempo passava mais eu sentia que não podia mentir pra alguém que amo.

      Não sabia se era mesmo verdade ou se meus ouvidos me enganavam. Depois de um tempo absorvendo essas palavras finalmente falei alguma coisa.

– Diz de novo. A última parte.

– O que? Que eu te amo?

      Eu não retivara meu olhar do dele, aquelas obres azuis estavam me deixando hipnotizada mas eu não queria me render fácil. Não, nem pensar, não tem perdão.

(Autora: Aham, senta
aí Cláudia)

– Eu... Ainda estou brava com você.

      Um sorriso surgiu em seus lábios e um brilho até então desconhecido por mim passou pelos seus olhos. O que eu menos esperava agora era o Jake se inclinar para beijar o meu pescoço o que me fez ficar toda arrepiada.

– E agora? Ainda com raiva?

– ... Tá na mesma.

      O Jake fazia um caminho de beijos no meu pescoço de baixo pra cima, o que me fez arfar, então ele sussurou ao pé do meu ouvido, isso não se faz...

– E.. agora?

– Jake...

      Fechei os olhos sentindo sua respiração quente e inconscientemente inclinei a cabeça pro lado, mesmo dizendo a mim mesmo que ele não vai escapar tão fácil é bom de sentir...

– Para com isso..

      É o que eu estou dizendo mas o meu corpo diz o contrário. Não está dando pra focar com isso, e ele sabe o efeito que esses beijos estão tendo, tanto que não parou. Espertinho, tentando se safar com.. céus...

(Autora: Jake tu
nera inocente? ;-;)

      Por impulso acabei soltando um gemido de surpresa quando o Jake me mordeu, literalmente, isso não doeu, muito pelo contrário. Com minhas mãos em seu peitoral pude sentir seu coração bater forte então decidi que lutar contra era inútil.

    Emaranhei minha mão em seu cabelo o puxando um pouco para trás pra que ele parasse então tomei seus lábios pra mim de forma breve, mordi o lábio inferior dele puxando pra mim ao separar o beijo. Nem vem, ainda tô com raiva, sei nem o que estou fazendo.
      Batidas na porta fez com que parassemos, aproveitando aquela distração meio frustrada no fundo, empurrei o Jake fazendo-o se afastar e apontei o dedo pra ele com um respingo de irritação e ele apenas olhou pra mim levantando as mãos como se ao invés de um dedo fosse uma arma.

– Ainda estou com raiva, essa conversa não acabou.

– Ok...

      Ótimo, vou até a porta pra atender a pessoa que continuava batendo, mas com a mão na maçaneta eu pensei em uma coisa, então olhei pro Jake por cima do ombro e só agora notei que ele estava corado, gracinha. Mas voltando pra terra...

– Acho melhor você se esconder.

      Não sei quem é, e independente de quem for, ele deve se esconder, ninguém sabe que ele está aqui e do jeito que a Cleo já me disse uma vez, toda cidade é fofoqueira, se vazar que tinha um homem no meu quarto chega nos ouvidos de quem não deve, do grupo e adivinha o que vai acontecer? Eles vão me fazer perguntas e além de não dever esse tipo de satisfação não estou com paciência pra inventar desculpas.