Capítulo 57 - Tic tac ...

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Pov Jake:

      Uma semana, era exatamente o que tinha passado, foi uma semana totalmente miserável e eu estou apenas afundado cada vez mais em meu próprio poço de angústia. Aconteceu muita coisa e, ao mesmo tempo, não acontece nada. Como é que eu resumo?....
      Primeiramente a Jessy e a Cleo começaram uma sessão de puxões de cabelo no outro dia, eu tive que apartar antes que uma das duas ficassem careca. Motivo? O de sempre, xinga de cá, inútil de lá, donzela aqui, enxerida ali, e outras coisas que nem vale mencionar de tão baixas. Não é a primeira vez e com certeza não será a última. O Thomas... Não olha na minha cara desde que me atrapalhou e tive que começar a hackear do celular da Hannah de novo e acabamos que descobrindo a conexão dela com a Amy e que foram elas quem atropelaram a Jeniffer, até que chegamos a pensar que o Michael Hanson descobriu e está querendo se vingar, uma conclusão improvável, mas possível. O Dan até está tolerável e tenho notado uma aproximação incomum dele com a Lilly... Mas não vou pensar nisso, e principalmente, não é da minha conta. E quanto a Lilly, ela está sendo como um alicerce pra mim quando estou pra baixo. E hoje estavam todos lá embaixo numa fogueira na intenção de, por um curto momento, descontrair, entretanto eu não consigo relaxar.
      Observo eles pela janela, parece que o clima lá embaixo está mais leve comparado a esses dias que foram bem tensos. Mas já estava mais do que na hora de para de observá-los, não é como se eu fosse me juntar mesmo, soltei um suspiro e me viro levando um put* de um susto.

– É só você...

– Assustado?

– Aparecendo assim de repente, quem não se assustaria?

      Respondi voltando a olhar lá pra baixo vendo que o Dan estava tocando o violão que antes estava com o Thomas, engraçado, não sabia que ele tocava. Estranho, tive a impressão que a Jessy estava lá, mas deve ter sido impressão mesmo já que ela está bem... Aqui.

– Não deveria estar com os outros?

– Na verdade você também deveria.

      Deveria? Não é a primeira a me dizer isso, mas eu acho que devia. Realmente não consigo ficar sentado olhando pro fogo escutando música.

– Não vai ser o caso, o que faz aqui?

– Estava frio. Vim pegar um casaco.

      Frio? Na beira de uma fogueira? Isso está me cheirando a mentira, mas vamos ver até onde isso vai, se eu estiver certo, que no caso, estou.

– Compreendo. Seu quarto é pro outro lado.

– Sei disso...

      Então ela não quer só pegar um casaco, mas sendo assim o que ela quer comigo? Ergui a sobrancelha achando aquilo um tanto quando estranho mas, pra variar, a ruiva parecia estar cabisbaixa, confesso que me senti um pouco mal por estar praticamente expulsando ela do.. "meu quarto". A vi encostar no batente da porta com o olhar distante, talvez ela apenas queira conversar?

– Está tudo bem, Jessy?

– Não é isso.. eu só...

      Quase a encorajei a continuar mas me contive. Ela se aproximou de mim como se estivesse apreensiva agora, alguma coisa não está cheirando muito bem.

– Você não tem nada a ver com tudo isso, não é?

– Acha que eu estaria aqui se tivesse? Além do mais, logo agora?

      Se eu me mantive longe o tempo todo não é agora que eu iria aparecer sendo o culpado disso, eu realmente não seria tolo. Todos desconfiam de mim longe ou perto.

Duskwood - One New StartOnde histórias criam vida. Descubra agora