Capítulo 44 - Nada de pânico

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Pov narradora(oiê ⋃w⋃):

     Era pra ter sido só mais um passeio de fim de semana, o filme tinha terminado mais tarde do que o previsto. Aparentemente, ia tudo bem, risos e brincadeiras.
      Um belo casal balançava sua filha de longos cabelos ondulados e escuro como o céu naquela noite, as luzes refletiam neles dando-lhes uma luminosidade azulada. Sua rostinho juvenil e seu sorriso inocente eram encantadores... E pensar que isso mudaria num piscar de olhos...

– Passa tudo! Anda!!

– Tudo bem, tudo bem. Só abaixe a arma.

– Cala a boca passa logo!

      Aquela pessoa desconhecida elevava a voz visivelmente descontrolada e sua mão tremia, era quase como se não estivesse em sã consciência. De repente num ato rápido aquele cara agarrou menina apontando a arma em sua cabeça, o cano frio causava arrepios no corpinho da menina e parecia ser seu fim.

Sn..

      A voz que a chamava parecia tão distante e irreal, quase como se fosse coisa de sua cabeça, parecia estranho porém, que continuava a chamando e com cada vez mais urgência.

Sn.

      Soou de novo como vento frio, mas estava mais alto dessa vez, era semelhante a alguém correndo ao seu socorro, infelizmente não houve socorro pra ela naquele momento, naquele tempo.

Sn! Fala comigo!

      O Jake chegou a agitá-la um pouco pra que ela "acordasse" de seu pesadelo interno na qual ela se mantia imersa, mas....

– De novo não, de novo não....

     Sn segurou a cabeça com as mãos parecendo que estava pesando e sua respiração estava em descompasso, seu coração batia a mil e ela não aceitaria isso, não iria aceitar que teria que ver alguém morrer de novo sem poder fazer nada.
      Sua mente rodava em torno daquela cena que se repetiu mais uma vez e a voz do Jake ainda soava em seus ouvidos repetidas vezes, mas a voz dele logo foi abafada por tiros vindo de sua memória.

Sn, olha...

      Ela não estava mais conseguindo mais ouvi-lo, diante dos seus olhos de novo e de novo, seu pai inconscientemente reagiu pra protege-la, mas graças a isso ele caiu ferido e o tal bandido sem motivos aparente atirou em sua mãe que caiu no chão e lá ficou imóvel, ambos se mantiveram estirados e em pouco tempo poças de sangue se formavam abaixo de seus corpos já sem vida. O homem a soltou bruscamente e fugiu sem lavar mais nada, chega a ser estranho ele tê-la largado. Sn caiu no chão perto daqueles cascos vazios e suas mãos de sujaram com aquele líquido de tonalidade vermelha, após o choque, que ainda não havia passado até o momento, correu em busca de socorro mas já era tarde.

Sn!




Pov Jake:

      Não entendi bem, "de novo não"? Soltei seus ombros e tirei as mãos na sua cabeça, isso não pode ser um ataque de pânico, agora não, agora não.

– Sn, olha pra mim, respira fundo...

      Mas a Sn parece não me ouvir e continua respirando como se o ar faltasse.

– Sn!

Ele tá morto.. ele.. ele ...

– Não, ele não está morto, olha pra mim Sn.

      Seguro seus pulsos pra ela não voltar a segurar a cabeça e segurei seu queixo para levantar seu rosto fazendo-a olhar pra mim. Meu coração partiu ao meio ao vê-la em lágrimas.

Duskwood - One New StartOnde histórias criam vida. Descubra agora