Capítulo 64 - Por bem ou por mal

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Pov Jake:

      Eu não estava disposto a deixá-lo ir, essa não era uma opção, ele só terá uma escolha, contar onde as meninas estavam. Sei que agora eu o dei um meio de se defender mas não é como se eu estivesse desarmado, já estive em situações piores do que essa e saí vivo, não ileso, mas vivo.

– Se é assim...

      Como o esperado ele pegou a adaga que acabei de jogar contra aquela árvore, se por algum acaso alguém estivesse passando por aqui realmente acharia que ele era um personagem que saiu direto das telas na sessão de sexta feira 13.

– Que seja.

(Ps: Não sei fazer cena de luta,
mas não vou deixar
essa parte incompleta, não me critiqueim ಠ_ಠ)

     Por mais que eu tentasse, não consegui reagir a tempo, antes que eu pudesse me armar ele veio pra cima com tudo, a partir do momento que começou eu soube que não séria fácil, mas eu teria chance numa luta corpo a corpo. Consegui desviar do seu ataque agressivo antes que ele me acertasse, parece que realmente o irritei para querer me acertar assim, o problema, para ele, é que com essa ação deixou brechas para um contra-ataque, segurei seu praço o puxando pra perto e dei uma forte cotuvelada no meio dessa cara de saco, o que fez com que ele se afastasse de mim mas não demorou em tentar vir pra cima novamente, talvez eu deixe a arma no último plano, desse jeito eu só preciso desviar e atacar.
      Me agachei me apoiando no chão e desferi um chute certeiro em seu estômago e nisso eu não poupei força, por um curto momento vi ele perder o ar e me aproveitei disso para jogá-lo no chão, pisando em seu pulso logo em seguida o fazendo soltar a maldita adaga, e um grunhido de bônus.

– Perdeu a postura, bonzão?

– Devia prestar atenção na sua.

      Tão rápido quanto ele caiu, senti o meu pé sendo puxado por sua mão livre me fazendo perder ligeiramente o equilíbrio, não o suficiente para cair mas tive que me apoiar movendo a para que o "segurava" para trás. Para minha infelicidade o cabeça de saco era rápido, tanto para reagir quanto para atacar. Com as mãos vazias, desta vez, ele literalmente pulou em mim realmente me derrubando, depois tudo que eu sentia foi o meu rosto doer, mas eu não iria ficar apenas apanhando sem devolver o favor pra ele.
      O que eu estava esperando somente era um intervalo de tempo em que eu pudesse revidar na mesma intensidade, e quando o momento chegou eu o joguei no chão ficando por cima dele o socando sem nenhum pudor, se eu não precisasse dele para me contar onde as meninas estão eu o matava aqui mesmo na base do soco. Estava tão perto agora, com menos de um braço de distância para desmascará-lo. E foi exatamente o que eu fiz, arranquei aquela droga de tecido pra continuar batendo na sua cara limpa até quebrar seu nariz, mas não continuei depois de ver que atrás da máscara estava uma pessoa improvável. Fiquei em choque e, inconscientemente, parei pra absorver a informação, mas esse foi meu maior erro, um que eu não podia cometer, baixei a guarda.

Pov S/n:

      Eu não ousei comer de novo o que ele me trazia, tinha medo de que ele fizesse aquilo comigo de novo, não consigo dormir, não queria ver aquela cena passar pela minha cabeça e isso estava me matando aos poucos, meu corpo estava inerte no chão, como se todas as forças que eu tinha fossem sugadas pera longe, meu corpo já tinha desistido de obedecer minha mente quase como se não quissesse mais viver e esperasse que toda essa dor acabasse. Minhas pálpebras pesavam e eu me esforçava ao máximo para mantê-las aberta, não posso apagar aqui, quero que essa dor, essa angústia acabe, mas não desse jeito, eu quero viver apesar de tudo.
      "Anda levanta, pelo menos tenta." E nada, nada me respondia e nos meus olhos não tinha mais nada para se transformar em lágrimas, estava seca. Tentei gritar de frustração mas minha voz travou na garganta. Não consigo fazer mais nada, e mesmo que cheguem aqui, será que vão conseguir me encontrar com a porta do porão escondida?
      Me rendi fechando os olhos e minha vida passou diantes deles. Meus pais. Meus tios. Os momentos bons que eu tive acima de tudo. Meus amigos. Minha antiga vida. Até por fim passar por esse último mês, quando tudo começou e que eu nunca imaginaria que daria nisso. Diante de mim estavam eles, Jessy, Cleo, Lilly, Thomas, Dan... Jake. Na minha mente se passva o jeito que ele me olhou quando disse as palavras que no fundo eu queria ouvir, eu queria ouvir que ele me amava e foi o que ele disse. Esse mundo sempre é injusto comigo, quando finalmente penso que as coisas ficariam no mínimo melhores meu mundo vira do avesso de novo.
      Eu só queria que ele estivesse aqui do meu lado, que me abraçasse e dissesse que tudo passou de um sonho, um sonho horrível e que tudo ficaria bem porque ele estava comigo. Consigo ouvir a voz dele mas ao abrir os olhos novamente me vejo no mesmo inferno de porão, isso não era um pesadelo, era realidade. Mordi os lábios rececos pela falta d'água me amaldiçoando até as próximas dez reencarnações. Por alguma razão consigo me mover o mínimo apenas pra ficar em posição fetal. Isso me lembra o dia em que eu estava no sofá da Jessy, abatida e precisando dele naquele exato momento, mas.... Eu nunca precisei tanto dele quanto agora.

Duskwood - One New StartOnde histórias criam vida. Descubra agora