Capítulo 58 - Traumas

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(ATENÇÃO: O texto a seguir aborda um assunto sério que é o abuso (é pequeno e eu não ia pegar tão pesado de narrar o ato todo, dá nojo, mas mesmo assim tô avisando, ainda é abuso), pode ter traumatizado muita gente, então se você é uma delas ou não gosta desse tipo de leitura pule até o pov do Jake. Você foi avisado☝️
Fiquem com a leitura. PS: Juro que é a última vez que a Sn sofre em on.)
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– Me larga!

      O pão ou a água de hoje estava com um tempero especial bem desagradável, acabei apagando e quando acordei estava de joelhos e amarrada num que parecia um pilar, pela frieza aparentava ser de metal e meus olhos estavam vendados, também sinto que estou de roupas íntimas como da primeira vez que ele me torturou, mas o que me assustou mesmo foi sentir mãos passando por minhas pernas lentamente. Tentei olhar pra todos os lados mas a venda tampava minha visão, entretanto eu sabia bem quem é que estava me trocando.

Tire essas mãos podres de mim!

– Grite a vontade gatinha, mas fique sabendo que se gritar é pior.

Você é um doente! Doente!

      Desgraçado maldito, eu queria matá-lo e ter o prazer de o acompanhar d deixar no portão do inferno, ah como eu adoraria dizer ao diabo pra torturá-lo eternamente!
      Entrei em desespero quando suas mãos subiram até uma parte totalmente proibida, comecei a me debater mesmo sabendo que seria inútil, ele estava segurando minhas pernas?... Não.. não, eu.. minhas pernas estão amarradas também...

Seu miserável!

Se ficar caladinha vou pegar bem leve...

      O Richy acabou sussurando no meu ouvido e serrei os dentes pra não soltar um ruído sequer quando o senti me acariciar através do tecido da minha calcinha. Aquilo era repugnante até mesmo pra ele, estou começando a achar que o Richy é o próprio capeta. Meu ódio de transformou em lágrimas, que foram impedidas de rolar por conta da venda as absorvendo.
     

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      Sentei em sobressalto sentindo meu corpo doer, mas sei que a dor é psicológica, aquilo não quer mais sair da minha mente, quando fecho os olhos é como se tudo voltasse, a dor, o medo, meu desespero, minha raiva, eu sentia tudo de novo e de novo infinitamente.
      Abracei meu próprio corpo tremendo e quase desabando, olhei para o que antes eram minhas roupas no chão rasgadas como se fossem trapos velhos. Estou começando a me perguntar se vale a pena continuar vivendo agora. Não tinha mais força pra chorar, me sinto vazia, me sinto um verdadeiro casco vazio e seco. Quanto tempo isso vai durar? Já parei de me perguntar isso, estou começando achar que pra sempre, meu destino era esse então? Sofrer nas mãos dele até meu último suspiro?

Pov Jake:

     Ninguém dormiu naquela noite, todos estavam com medo de que ele aparecesse no meio da noite pra matar alguém, que foi o que se deixou pensar com as armas que ele trouxe, só não entendo porque ele deixaria pra trás, poderia ser pra intimidar mas ao mesmo tempo não estamos com as mãos vazias, então foi burrice dele nos dá uma linha de defesa.

– No que está pensando?

      Virei o rosto apenas pra ver a Lilly do meu lado, eu não a notei chegar, tenho que parar de ficar tão absorto em pensamentos ao ponto de não me ligar no que está acontecendo ao meu redor, não sei como sobrevivi até agora com esse pessoal atrás de mim.

– Oi, Lilly. Não vi você aí.

– Desculpe, eu te assustei?

– Não, eu só estava pensando sobre ontem.

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