Capítulo 16 - Noite agitada

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Pov S/n:

     Eu senti algo me prender, me puxar toda vez que eu tentava fugir, quando finalmente consegui correr eu estava na floresta, tinha um tronco caido em minha frente e num ato desesperado saltei por cima, mas ao tocar o chão novamente e como se eu pulasse num lago profundo, escuro e afundasse.
Me sentei em um sobressalto.... Era um sonho? Me levanto da cama mas assim que o fiz vi uma silhueta encostada na minha porta, dois pontos brancos estavam em seu rosto simulando os olhos, de repente me sentir sufocar, não consigo me mecher é quase como se algo me segurasse, isso já estava me deixando apavorada e eu não sabia o que fazer.
      A silhueta ganhou uma forma, um homem encapuzado, ele simplesmente virava as costas e ia embora. Foi quando tudo ficou escuro, como se a escuridão me envolvesse e um rosto completamente assustador e desfigurado apareceu na minha frente de modo tão repentino que fez meu coração bater tão forte que achei que iria sair pela boca

[ . . . ]

      Caí de cara do chão puxando o lençol junto comigo, isso tudo foi um sonho dentro de outro? Mas... Agirei a cabeça de um lado pro outro afastando isso, foi um sonho, logo eu esqueço...

      Levantei do chão olhando ao redor procurando ver aquela figura na minha porta, não é por nada mas por algum motivo aquele homem encapuzado me lembra o hacker. E aquele rosto.. dá arrpios só de pensar.
Arrumei minha cama e fui ao banheiro, engraçado, quando consigo dormir meu consciente decide me lançar um sonho desses no meio da minha cara. Me olhei no espelho e vejo que meu cabelo está uma bagunça, o lado bom é que com o creme que estou passando agora ele está crescendo um pouco mais rápido, não sei o que me deu na cabeça de cortar. Fiz um teste pra ver como fica se eu tentar amarrar e sinceramente, tá mais pra uma calda de poodle que um rabo de cavalo, vou deixar solto mesmo, acho melhor eu tomar um banho frio pra me acordar totalmente, mas só me encostei na parede observando a água cair por alguns minutos.
      Durante o banho aquilo não saia da minha mente, o que queria dizer? Era a pergunta que mais pairava em minha cabeça. Eu sentia que meu consente estava tentando me avisar de algo e meu coração bateu mais forte, chegou a errar uma batida quando lembrei daquele "rosto", com isso tenho um mal pressentimento, e não é algo da minha cabeça, é bem mais forte que isso, me sinto vulnerável e insegura. Não tinha como negar ou por debaixo do tapete: algo ruim está prestes a acontecer
Como sempre, toda vez que saio do banheiro tem uma notificação.

{Jessy}: Me encontra na Rainbow
{Jessy}: Quero falar com você

[Jessy está offline]

      Me encontro confusa e tentando assimilar o que foi isso, e especialmente, tentando adivinhar o que a Jessy quer falar comigo

Pov Jake:

      Finalmente depois de quase dois dias inteiros naquele ônibus estou em Nagoya, cidade do macarrão como alguns chamam. Diferente de Mitsue a população é de uma quantidade significativamente grande, não sei se isso é bom ou ruim, só sei que tô aqui no final das contas, mas logo vou embora. Esperei todos descerem do ônibus como é de costume, e tive a "brilhante" ideia de baixar o capuz, melhor dizendo, tirar o moletom, eu sempre faço minhas aparições de capuz e tudo, ninguém ia imaginar que um cara encapuzado apareceria mostrando a cara praticamente do outro lado do país, vou me arrepender disso hora ou outra mas andar todo coberto só iria chamar mais atenção ao invés de evitar.

      Guardei o moletom ficando apenas com a minha camiseta branca, bagunguei um pouco o cabelo, ajeitei os óculos e peguei uma máscara descartável na bolsa, por aqui é normal andar de máscara por todo canto, bem, hora de se misturar.

Duskwood - One New StartOnde histórias criam vida. Descubra agora