Capítulo 6

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⚖️ JULIETTE

Mona me convenceu a ir na despedida da Lara. Confesso que pensei muito se deveria vir.

Depois da vergonha que passei na lanchonete,  cheguei em casa, tomei um banho, vesti meu pijama e fiquei embaixo das cobertas com uma caixa de bombons. Eu estava me sentindo muito estranha.

Primeiro porque depois de quase seis meses sem ver o traste do Alê, eu achava que estava curada. Mas, engano meu. Foi só ouvir a voz, ver sua cara e aquele monte de julgamentos contra mim, que eu paralisei e fiquei quase sem reação diante dele.

Segundo, porque a voz e a visão daquele Adônis não saía da minha cabeça e ...oxi...foco Juliette. O homi é lindo, mas, foi só alguém que te ajudou a sair daquele moído.

E eu bexxta, gritei com ele e ainda saí em disparada feito um bode na ladeira. Que morte horrorosa! Ele deve ter me achado uma doidcha. Ainda bem que a possibilidade de ver ele de novo é - 0.

Passei o resto da manhã inteira na cama, com a Monaliza me ligando o tempo todo e eu recusando a ligação. Precisava ficar sozinha com meus pensamentos e os meus bombons.

Perto da hora do almoço a minha campainha tocou, fui atender e ela entra como um furacão pra dentro de casa.

— Mulher ! Quer deixar o Gui viúvo antes do casamento? Por que não atende esse telefone?

Oxi, se acalme.

Mona ainda estava irritada andando de um lado para outro . Mas quando me olhou, já percebeu minha cara de confusão e logo parou e se aproximou de mim, carinhosa.

— Ei, bixinha. Me diga o que aconteceu? — disse segurando a minha mão.

— Ai, Mona, minha manhã foi um moído só.

— Então me conte.

— Não sei nem por onde começar.

Oxi, pelo começo.

Respirei fundo e comecei a tagarelar sem vírgulas, com o ar quase me faltando


AcordeideressacaenãotinhanadanageladeiraedaíresolvitomarumcafénalanchonetedoseuLino.Boteiumvestidolindoefui.Aíeutavalátomandoomeucafé quando apareceu um homem lindo, maravilhoso, gostoso, um desacato! que parecia o deus Adônis de tão lindo. DaíoAlêchegoudonadaefoifalandodaminharoupaemechamandodeputa.Nãoaguenteiejogueicafénacaradeledaíeleficouputoequisvirpracimamefalandoummontedebesteiras mas o Adônis lindo, gostoso e maravilhoso se intrometeu na conversa e jogou ele pra fora da lanchonete. Eufiqueimuitonervosa,quasevomitei e quando o Adônis veio perguntar se eu estava bem eu gritei com ele esaicorrendo.

Mona me olhava com uma expressão entre confusa e divertida.

— E tu pegou o contato dele?

Oxi, de quem?

— Desse tal Adônis.

— Monaliza, de tudo isso que eu te falei, tu só prestou atenção no Adônis?

— Não tenho culpa, de que tudo que tu falou, só quando mencionava esse boy, eu via sua expressão mudar e os seus olhos brilharem.

— É melhor a gente parar por aqui. Senão tu já vai começar a me aperriar.

— Ok, não tá mais aqui quem falou. Mas saiba que ainda vou ver tu amar e deixar ser amada por um cabra de verdade. E não um filhote de cão como o Alê.

— Alê me disse tanta besteira, Mona.

— E qual foi a tua reação?

— No começo me segurei, depois meu estômago começou a embrulhar. Achei que estava pronta pra enfrentar ele, mas, as palavras dele ainda me machucam.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora