Capítulo 52

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⚖️ JULIETTE

- Posso saber onde as senhoritas vão tão cedinho assim? - Rodolffo perguntou nos olhando curioso.

- Vamos lá no seu pai. Izadora ficou por lá e nós vamos ver se ela precisa de algo.

- Tipo o quê?

- Deixe de ser curioso. Só as mães sabem como é o dia depois de festa de criança. Se duvidar deve ter criança correndo por lá ainda, visse.

- Sassinhora, nem fale. Levei tanta canelada de tanto separar minino brigando por causa de bexiga, por causa de brinquedo, por causa de docinho, por causa de lembrancinha. Credo.

- E minha neta que estava com um vestido lindo e impecável. Uma princesinha! Mas, depois de tanto correr pela festa, levar dois banhos de refrigerantes e pular muito, acabou toda descabelada numa bagunça só.

- A póbi.

- E aquele tal Matheus? Era um mini terrorista ! Credo. Teve uma hora que eu estava distraído tirando fotos e ele tinha tacado algodão doce no meu cabelo.

- Hahaha...ficou com a peruquinha açucarada, meu Adônis.

Nós três rimos.

- Não fale assim do menino, quando você era pequeno, também era um terror nas festinhas. Botou fogo na mesa do bolo!

- Aneim, mamãe. Também não precisa ficar lembrando um trem que aconteceu faz tempo, né.

- Você era terrível. Se prepare, Ju. Se o filho de vocês puxar ao Rodolffo

Eu até engasguei com ar e Rodolffo bateu nas minhas costas.

- Cof, Cof - tossi, recuperando o fôlego - Vamos então, Selma?

Rodolffo me olhava com um sorrisinho jocoso e uma pose insolente.

- Ocês não querem me dizer, mas eu sei o que vão fazer lá, viu.

- Sabe? - perguntei estreitando os olhos.

- Como assim, meu filho?

- Juliette não sou bobo não. Eu sei o que tu vai fazer.

Eu e Selma nos olhamos, ele só pode estar blefando.

- Tá, Rodolffo, desembucha. O que eu vou fazer?

- Vai ver se ainda tem sobras da festa - e chegando perto de mim com ar dissimulado completou - Pensa que não vi ocê atacando os docinhos.

- Ó Meu Deus, fui descobertaaaa - falei com voz tremidinha.

Ele riu e me deu um selinho rápido.

- Vamos, Ju. Vamos cedo pra voltar logo.

- Own ! Agora sério. Vê se não demora muito, brabinha. Quero te levar em um lugar especial pra mim aqui em Goiânia, antes da gente voltar pra São Paulo.

- Pode deixar, bb - falei pegando a chave do carro e indo com a Selma na garagem.

Ele ficou na porta, vendo eu manobrar e eu mandei um beijinho pra ele, antes da gente seguir.

- Oxi, Selma. Achei que Rodolffo estava desconfiado, visse.

- Que nada, minha filha. Rodolffo é esperto para uma coisas, mas pra outras come mosca.

- Pobi do Adônis, lindo e leso - brinquei, negando com a cabeça.

Fomos até um farmácia, comprei o teste e seguimos para a casa do seu Julio.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora