Capítulo 30

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📸 RODOLFFO

Rodôffo corre aqui !

Ju chegou esbaforida na sala com os olhos arregalados pra mim.

— O que foi, Juli?

— Rodolffo, tu confia em mim?

— Uai, por que isso agora?

— Confia ou não confia?

— Confio.

— Então, me escute cabra. Tu não se avexe com as provocações que vai ouvir.

— Que tipo de provocação?

— Várias! As bonita da reunião de daqui a pouco vão tentar aperriar tu.

Uai, o que ocê tá sabendo que eu não sei?

— Digamos que eu descobri umas coisas aí que tá fazendo esse moído feder. Por isso, tu tem que me prometer que não vai cair no aperreio das duas.

Aneim, Juli. Eu posso não gostar de violência, mas não tenho sangue de barata não. Eu vou chiar, sim. Credo.

— Vai nada, peste. Tu me prometa, Rodolffo, que vai ficar quietinho e deixar comigo, que eu sei como botar essas inxiridas no lugar delas.

— Mas, Ju...

— Prometa.

— Tá bão. Prometo.

Ouvimos duas batidas na porta e era a moça loira avisando que a Carol e a Paula tinham chegado.

— Vai dar tudo certo, bixinho. Eu não vou deixar ninguém dar o golpe em tu, visse — ela disse segurando minha mão.

— Eu sei que não, brabinha — falei dando um beijo na mão dela.

Ouvimos, novamente batidas na porta e desta vez entraram a Paula e a Carolina na sala.

— Por favor, sentem-se — Ju ordenou simpática.

— Como vai, Rodolffo? — Paula me perguntou ignorando a Ju e me lançando um olhar desafiador.

— Tô bão.

— Não parece.

Uai, por quê?

— Porque, se estivesse tudo bem não estaríamos aqui, com você sendo acusado por tentar fugir de sua responsabilidade.

— Tô fugindo de nada não, Bastiana. Se tudo isso for verdade, eu assumo esse filho, sim.

— Licença — Juli falou estendendo o braço pra ela — Sou a Dra.Juliette Silva, advogada do Sr. Feitosa, e pelo o que eu saiba nós estamos nessa reunião para entender sobre o caso e não para acusar o meu cliente de qualquer omissão de responsabilidade.

— Não lhe conheço Doutora Silva. É nova aqui?

— Sim. Vim da filial de João Pessoa.

Paula deu um sorrisinho de desdém.

— Bem se vê que é novata. Pra pegar esse caso, é porque não sabe da história pregressa do seu cliente.

Own, também não é assim. Eu... — Juli apertou minha perna por debaixo da mesa e eu entendi que devia me calar.

— Bom, doutora. Não chamamos vocês aqui para contar histórias, nós queremos tentar esclarecer a questão sobre o reconhecimento de paternidade, certo?

Juli falou com uma voz tão decidida e tão segura de si, que me fez admirar ainda mais ela.

— Então vamos aos fatos — Ju disse pegando os documentos e falando de forma firme sem deixar espaço para a outra retrucar — Consta aqui que sua cliente requer o reconhecimento de paternidade do Sr. Feitosa, pois, segundo a requerente há indício de uma relacionamento íntimo, que corresponde ao tempo de gravidez, correto?

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora