Capítulo 47

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📸 RODOLFFO

- Estou pronta, filho. Podemos ir.

- Então vamos, mamãe.

Já era quase na hora da festinha da Malu começar e eu vim na minha mãe me arrumar.

- Nossa como você está bonito, filho.

- Gradecido, mãe. Mas a senhora sempre me acha bunitin. Até naquela época de adolescente que eu parecia um grilo.

- Mas era o grilo mais charmosin da mamãe - ela disse apertando minhas bochechas.

Eu realmente espero ter caprichado, porque o tanto que Izadora e Malu falaram da lindeza que era o vestido da Ju, me deixou encabulado e eu não poderia fazer feio.

- Tô esperando a senhora no carro.

- Tudo bem querido, só vou trancar tudo aqui.

Fui para o carro e de lá mandei uma mensagem pra Ju avisando que estava saindo. Depois do almoço na casa do meu pai, Ju foi para o apartamento da Izadora se arrumar e elas iriam para a festa de lá.

Own, deixa eu falar um negócio aqui. O almoço foi massa demais. O clima tava bem gostoso, com Juli e Malu tagarelando e a gente rindo sem parar das palhaçadas delas. Meu pai, tá até chamando a Ju de "Minha Rainha", credita num trem desses?

- Que foi meu filho? Você está tão pensativo aí - minha mãe perguntou enquanto entrava no carro, vendo a minha cara enquanto esperava por ela.

- Tava aqui pensando uns trem aqui, mãe.

- Humm...até imagino com quem é.

- Sabe, mamãe. É impressionante que a Ju, em tão pouco tempo conquistou meu coração e parece ter conquistado a minha família toda na mesma intensidade.

- Ela é uma menina de ouro, meu filho.

- É sim. E a cada dia que passa eu agradeço por ela ter cruzado o meu caminho e por me fazer feliz e querer essa felicidade pra ela também.

- Isso se chama amor na mais pura essência.

- Às vezes eu fico pensando se eu mereço tudo isso de bom que está acontecendo comigo.

- Claro que merece, meu filho. Você sempre foi um menino bom, carinhoso, responsável. Sempre plantou o bem, por isso, vai colher bons frutos.

- Mas fiz umas burradas também.

- Pra se lembrar que é humano, e as vezes vai errar sim. Mas o importante é aprender com seus erros e não deixar mais acontecer.

- Não vou deixar, mamãe. Eu tô feliz por demais.

- Acredite, meu filho. Essa felicidade que você tá sentindo aí dentro, só vai crescer cada vez mais.

- Será?

- Eu tenho certeza.

- Intuição, Dona Selma?

- Nada. Sabedoria de mãe - ela disse me dando uma piscadinha e eu só ri.

Era um final de tarde e o sol estava pra se por. A casa do meu pai é bem grande, com vários espaços e tem um gramado, que da vista para a serra de Goiânia.

Ainda faltava 1 hora para os convidados chegarem e eu queria aproveitar para já ir tirando fotos da decoração, da aniversariante, da família e do pessoal que já estava por lá.

Mas, assim que eu e minha mãe chegamos, como um zoom eu fui puxado para a visão mais maravilhosa e poética que já vi na minha vida.

Mas, assim que eu e minha mãe chegamos, como um zoom eu fui puxado para a visão mais maravilhosa e poética que já vi na minha vida

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- Ela tá linda, meu filho.

- É... - eu não conseguia dizer uma palavra, formular uma frase.

O fato é que tudo ali, formava uma composição incrível. A luz do sol, a natureza em volta, as cores ...e a Juli...minha Juli.

Ela parecia uma princesa. A minha princesa. A minha Princesa Brabinha do Algodão Doce. Não aguentei e fui em sua direção e já que estava com a minha câmera na mão, tirei uma foto para registrar esse momento, enquanto ela caminhava ao meu encontro.

Quando ficamos frente a frente, a minha vontade era agarrar, beijar e me esparramar com ela nesse gramado, mas sei que tenho que me conter.

- Tu tirou foto de mim, Rodolffo? - perguntou divertida.

- Tirei pra mostrar pra minha mãe.

- Oxi, como assim?

- É que ela não acredita que ainda existem princesas e olha só, vai ter uma como nora.

Ela riu envergonhada.

- Eita mulinga, que cantada bexxta, Adônis.

- Uai, o que eu posso fazer? Queria ser um príncipe daqueles que falam palavras bonitas, mas, sou um mero sapo todo errado.

- O sapo mais lindo que eu já vi. Um sapo Adônis - ela disse se aproximando mais de mim, com seus olhos fixos em minha boca.

- Será que esse sapo tem a moral de receber um beijo dessa princesa?

- Um beijo e muito mais - ela disse ficando na ponta dos pés, me dando um selinho rápido.

Sem dar tempo dela se distanciar, eu a puxei pela cintura, grudando nossos corpos e capturei sua boca em um beijo intenso e apaixonado. Quando o ar nos faltou nos separamos ofegantes.

- Ocê tá linda, Ju - eu disse tirando uma mecha de cabelos de seu rosto e colocando atrás de sua orelha.

- E tu tá um gato, visse.

- Se eu disser as coisas que estão passando pela minha cabeça agora.

- Sossega, homi. Nós estamos em um festa de criança.

- Tá bão. Só que mais tarde ocê não me escapa - falei soltando ela e dando uma piscadinha.

Ela me abriu um sorriso lindo e quando ia abrir a boca para dar mais uma das suas respostas engraçadas, que eu adoro, uma princesinha toda vestida de lilás surgiu do nada e agarrou minhas pernas.

- Titio já chegou ! - ela pulou e eu a peguei no colo - Viu como a tia Ju tá a plincesa mais linda desse mundo todinho!

- Vi sim, minha piquizinha. Mas ocê também tá muito da bunitinha.

Iza e Gustavo chegaram perto de nós. Ela segurava um trem de por no cabelo da Malu e meu cunhado segurava os dois cachorrinhos que tinham um chapeuzinho de aniversário na cabeça, cada um.

- Malu, vem. Deixa a mamãe arrumar o seu cabelo e colocar a coroa na sua cabeça.

- Ma- mãe, cadê meus amiguinhos?

- Calma, meu bem. Eles estão chegando. Lembra que eu disse que ainda era cedo pra ter alguém aqui.

Maluzinha assentiu com a cabeça, mas eu notei sua ansiedade.

- Maluzinha, enquanto seus convidados não chegam, que tal a gente tirar algumas fotos, heim?

Ela ficou me olhando com dúvidas, mas Ju me ajudou.

- Eu tive uma ideia melhor ! Que tal a gente pegar a Ariel e o Simba e tirar fotos com eles em todos os cantos legais da sua festinha?

O rosto da minha garotinha se iluminou

- A gente vai poder tirar foto com eles na picina de bolinha e na mesa dos docinhos?

- Claro, minha piquizinha.

- E vai com a gente tirar as fotos, tia?

- Mas é claro meu amorzinho.

- Ebaaaaa - ela disse animada e grudou na mão da Ju.

Izadora colocou o trem na cabeça de Malu e Ju pegou os dois cachorrinhos na mão do Gustavo.

- Então, let's bora - falei pegando meus equipamentos com Malu toda alegre indo na nossa frente.

- Gente, obrigada - Izadora agradeceu sincera, falando baixinho pra mim e pra Ju.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora