Capítulo 89

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RODOLFFO

— Calma, Bastiana ! Por que ocê tá correndo desse jeito? Cuidado que ocê tá grávida, amor.

Ela nem me deu bola, continuou correndo, me arrastando pelo hotel, desviando das pessoas e fazendo o povo olhar pra gente curiosos.

Chegamos até a área da piscina do hotel, que por conta do evento e do horário estava vazia. Enfim, ela parou de correr e ficamos frente a frente. Cansados da correria, mas, ainda de mãos dadas.

— Tire seus sapatos, Rodolffo.

— Como é que é o negócio?

— Confia em mim, amor — ela disse já tirando as sandálias dela.

Uai, como essa brabinha conseguiu correr com esses sapatos de saltos altos? Credo.

— Ô, Juli... ocê tá muito misteriosa. Numintendendo o que tá acontecendo. Tem base não, trem.

Ela não disse nada, pegou novamente minha mão e me levou até a borda da piscina. Sentou-se e mergulhou os pés na água fria e me olhou como um convite para eu fazer o mesmo. Resolvi fazer o seu jogo pra ver até onde isso ia chegar.

Arregacei a barra das minhas calças e sentei em silêncio ao seu lado. A noite estava agradável e uma lua cheia estava alta, iluminando todo o céu.

Por um tempo, ficamos ali sentados na borda da piscina, em silêncio. Ela olhava o céu e eu só sabia olhar pra ela. Admirando toda a sua beleza.

Resolvi quebrar o silêncio.

Ocê estava linda naquela passarela, Juli. Sassenhora !

Ela se virou pra mim e passou as mãos em meus cabelos.

— Obrigada por isso, Rodolffo.

Uai, não precisa me agradecer. Ocê tava linda mesmo.

— Não é sobre hoje, bixinho. Eu quero te agradecer por ter aparecido na minha vida, pela paciência, por me incentivar em tudo, por apoiar e por me fazer sentir amada. Desfilar hoje naquela passarela, me fez perceber que estou livre dos meus receios e que estou pronta!

— Juli, o que tá acontecendo? Por que ocê tá dizendo tudo isso? — perguntei confuso, pois, ela mantinha um semblante sereno e ao mesmo tempo emocionado.

— Porque eu não consigo mais fugir disso.

Rensga, Juliette. Quanto mistério!  Ocê tá me deixando nervoso. Fugir de quê, muié?

Ela me olhou e deu um sorriso com cara de moleca que vai aprontar e antes que eu pudesse antecipar o que ela iria fazer, Ju olhou pra frente, deu um impulso e nos puxou pra piscina, de roupa e tudo.

— Juliette ! Cuidado. Essa água tá gelada, amor.

Ela mergulhou, me puxando pra baixo de novo, e iniciou um beijo que só acabou quando emergimos na superfície. 

Ju me olhava com um olhar dengoso e carinhoso. Ela apoiou suas mãos em meus ombros e fixou seus olhos em mim. Eu só via carinho e amor ali.

— Rodolffo, agora aqui, da mesma forma que nos conhecemos, afundados em uma piscina, eu quero te dizer que eu tô pronta!

Olhei pra ela com curiosidade. Será que ela tá querendo dizer que tá pronta para aquilo que eu tô pensando? Arrriii...assim ela acaba com o coração do caboco aqui.

— Eu não consigo e não quero ficar longe de tu, amor — e segurando meu rosto com delicadeza, me fazendo eu olhar direto em seus olhos — Rodolffo, eu tô pronta pra dividir a vida contigo. Casa comigo?

Meu coração esqueceu uma batida. Eu não estava acreditando no que eu ouvia. Uma emoção forte me dominava e eu fiquei mudo.

Oxi, fale alguma coisa, homi — disse já arengando.

Respirei fundo, Eu não conseguia encontrar palavras. Aquilo era tudo que eu mais queria e desejava.

— Juli, se essa trenheira toda que aconteceu , foi pra juntar nós dois...Eu é que não sou besta de deixar essa chance passar. É claro que eu quero dividir a vida com ocê. Eu aceito e quero casar contigo, minha brabinha mais linda desse mundo ! — ela me deu um sorriso largo e iluminado.

Puxei ela pela cintura e a beijei. Nosso beijo era amoroso, sincero, mais cheio de promessas de felicidades. A segurei com reverência, sentindo seu corpo arrepiar e a levei para próximo à borda, onde a encostei na parede da piscina e intensifiquei meus beijos.

Subi minhas mãos pelo seu pescoço, colando ainda mais nossos corpos. Estávamos ofegantes e nossas mãos passeavam um no outro, entre carícias e beijos quentes.  Tirei seu vestido e minha camisa em segundos, enquanto ela abria o zíper da minha calça. 

Mesmo submersos da água gelada da piscina, nossos corpos estavam em combustão.

Ocê me enganou, Juli — falei enquanto tentava arrancar aquele trem que ainda estava no corpo dela.

Oxi, o que eu fiz?

— Falou que não ia usar nada embaixo do vestido — falei fazendo cara de contrariado.

— E tu queria que desfilasse sem ele? Com esse vestido transparente?

— É...pesando bem, que bom que ocê tá com ele. Pode deixar que eu conta aqui.

Falei empurrando ela mais de encontro à parede e colocando a parte de baixo do maiô de lado. Minha excitação já estava evidente e latejava, que até doía.

— Vai logo, bixinho. Não temos tanto tempo . Pode aparecer alguém.

Isso foi o suficiente para a minha urgência, entrei nela de uma vez, arrancando um grito baixo. Na hora sentimos a nossa conexão e uma corrente elétrica passou por nossos corpos. Com cuidado fui me movimentando dentro dela, enquanto ela gemia, com os braços em volta do meu pescoço.

Não sei se era o medo de sermos pegos ali, se era por aquele céu iluminado ou se por agora eu saber que ela queria dividir a vida comigo, de fato. Só sei que tinha a sensação que a felicidade estava explodindo dentro de mim. Ela é minha e eu sou dela.

Acelerei meus movimentos, e logo percebi que ela estava chegando lá e eu também. Nossos movimentos passaram a ser sincronizados e chegamos aos prazer juntos, e eu me despejei dentro dela.

Ficamos mais um tempo abraçados dentro na piscina, ofegantes, mas ainda trocando selinhos demorados e carícias.  

— Rodolffo, acho que vou querer ficar nesse hotel hoje à noite. O que tu acha?

— Eu vou amar, meu amor — falei puxando ela para mais um beijo intenso e cheio de segundas intenções.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora