Capítulo 17

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📸 RODOLFFO

— Rodolffo não esquece que hoje eu e Malu vamos passar o dia fora, e só vamos voltar bem a noitin...

Ela parou pra ver o que eu estava  fazendo na cozinha.

— Olha, se eu soubesse que estava preparando uma bandeja de café da manhã pra nós, eu nem teria levantado da cama — disse roubando um morango.

—  Own, pode tirar a mão daí, que não tem nada procê xeretar.

— Credo, que chatão.

Ocê que é bisbilhoteira.

— Olha, mas tenho que confessar que tá caprichado, viu maninho. Café, suco, frutas, pãozinho, frios e meu bolo de cenoura. Pra quem é?

— Não te interessa — ela nem ligou pra minha resposta atravessada.

— Deixa eu ver ... — fingiu pensar  — Será que é para uma certa morena, de cabelos ondulados, sorriso fácil e que te deixa com cara de bocó?

— Não sei de quem ocê tá falando — me fiz de difícil.

— Claro que sabe. Tô falando da princesa do Algodão Doce, princepezinho.

— A Malu te falou isso é?

— Não fala de outra coisa. É tia Ju pra lá, tia Ju prá cá. Tia Ju princesa. Tia Ju vestida de Algodão Doce. Tia Ju no carrossel com ela. Tia Ju beijando o tio Dolffinho — ela arregalou os olhos e colocou a mão na boca — Ops !

— Mas, que boquinha de sacola que tá me saindo essa Dona Malu, heim.

— Ah, Rodolffo deixa de frescura. Fala logo. O café é pra ela, né? Cês tão juntos? Namorando?

— Êêêê, calma Iza. Eu só vou levar essa bandeja de café pra minha minha vizinha, porque eu sei que ela ainda não conseguiu colocar a casa em ordem e duvido que tenha feito supermercado.

— Ah, tá. Como se eu não te conhecesse. Não rolou nada?

— Nada

— Nadica?

— Não — respondi sem olhar muito pra ela.

— Rodolffo, maninho. Desde quando consegue guardar segredo assim? E logo pra mim, que sei de todas os seus pizêros. E além do mais, Maluzinha não é de mentir...

Arriii, tá bom Iza. Rolou só uns beijos mesmo.

— E?

— E o quê? Pare de ser custosa, Iza. Já disse, rolou uns beijos e só.

Falei respirando fundo.

E tô pra dizer que depois que eu beijei ela, eu esqueci de todas as outras e percebi que agora minha boca só quer a boca dela. Nóóóó — pensei alto.

Olhei pra Iza e ela estava parada, com os olhos arregalados olhando pra minha cara.

— Maninho do céu ! Ocê tá apaixonado.

— É o quê?

— Eu nem acredito ! Que o meu irmão, enfim abriu o coração — ela disse me abraçando.

— Ei, para Izadora. Que mané apaixonado. Só tô falei que gostei do beijo dela, só isso.

— Ahan, sei...

Ocê para de graça.

— Num tô falando nada.

— A gente ainda tá se conhecendo, Izadora.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora