Capítulo 72

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⚖️ JULIETTE

— Ô Ju, quando vai dar pra saber o sexo do nosso bebê?

— Eu li em um livro, que parece que é possível fazer o exame de sexagem fetal a partir da oitava semana de gestação.

— Que em meses significa?

— A partir do segundo mês, parece que já é possível.

— Tendi.

Eu e Rodolffo estávamos acomodados na cadeira suspensa que ele tem na varanda. Já fazia dois dias que tínhamos voltado da Paraíba e cada dia mais, a gente estava num grude só.

Nós tínhamos acabado de jantar e estava muito aconchegante ficar ali, embolada nele, com uma mantinha nos cobrindo. Na nossa frente a vista dos prédios de São Paulo e a lua cheia iluminava o céu.

Ele acariciava meus cabelos e eu estava sentada em seu colo, deitada em seu peito, sentindo o ritmo das batidas do seu coração.

— Adônis, o que tu acha que é, heim ? — perguntei enquanto contornava com o meu dedo o seu rosto bonito.

Num sei.

— Só um palpite, homi.

— Tá bão. Eu acho que o nosso bolinho é uma menina — ele disse colocando a mão na minha barriga.

— Por que tu acha isso?

Uai, num sei. Eu só acho.

— E se for um menino?

— Vou amar do mesmo jeitin — falou me dando um selinho demorado.

— Sabe, eu sempre me vi como mãe de menino, mas, agora eu tenho a sensação que será uma princesinha — falei colocando a minha mão em cima da dele que estava pousada em minha barriga — Mas, se for um menino vai ser lindo também.

— Vai sim — ele respondeu, mas seu pensamento estava distante.

— Um beijo pra saber o que tu tá pensando agora.

— Te dou vários, minha brabinha — disse dando vários beijos no meu rosto e descendo pelo meu pescoço, me fazendo rir e a cadeira suspensa dar um tranco.

— Para, homi. Assim a gente vai cair daqui.

— Vai naum — disse com voz de neném.

— Vai, me fala. O que tu tarra pensando ?

— De como a vida parece um daqueles touro brabo de rodeio.

— Como assim?

— A vida fica dando coice na gente em tudo quanto é lado e nós ficamos ali, tentando se equilibrar . Daí quando a gente pensa que dominou o touro, a vida dá um bote, muda de direção e começa a remexer tudo de novo. Credo.

Oxi, desde quando tu virou essa pessoa cheia de frases prontas e motivacionais, heim?

— Acho que desde o momento que eu te conheci, brabinha.

— Humm...agora eu não sei se isso é bom ou ruim, visse.

— É claro que é bom — falou me segurando pela nuca — E eu posso provar.

Ele disse me dando um beijão daqueles ! Quando o ar nos faltou, desgrudamos as nossas bocas para respirar.

— Hummm, é bom mesmo... — eu disse lambendo os lábios, ainda sentindo o gosto do beijo dele.

Estávamos ainda no nosso amasso, quando meu celular começou a tocar.

Oxente, é aquele seu amigo.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora