Capítulo 82

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⚖️ JULIETTE

— Doutora Freire, aqui estão os autos do caso da moça de Campinas , que processou o ex companheiro por violência doméstica.

— Ah, obrigada, Vitória — falei pegando os documentos e percebi que ela estava com os olhos inchados e com uma cara de choro — Tá tudo bem?

— Sim doutora, eu estou bem.

— Tem certeza? Seus olhos estão vermelhos. Tu estava chorando?

— Imagina. Isso é só uma alergia. Não se preocupe. A propósito, parabéns pelo bebê.

— Obrigada, Vi — falei a observando.

— A doutora está de quanto tempo?

— 13 semanas.

— Que seja um período de muita tranquilidade e saúde — disse com um sorriso sincero, mas que não chegava aos seus olhos.

— Obrigada — respondi ainda a observando intrigada.

— Bom, se a doutora precisar de mais alguma coisa é só me chamar — ela saiu meio desconcertada, pois, percebeu que fiquei desconfiada com ela.

Sou tirada dos meus pensamentos, com uma ligação de Rodolffo.

📱— Oi, meu amor. E aí? Iza já apareceu pra te buscar?

📱— Ainda não. Tá cedo ainda, minha consulta é depois do almoço.

📱— Anêim...tô muito revoltado que não vou conseguir te acompanhar dessa vez.

📱— Ei, bixinho não fique assim, na próxima tu consegue.

Ele fez uma careta linda.

📱 — Tá bão. Mas, se desta vez o nosso bolinho resolver se mostrar, ocê me liga na hora, tá? Tô ansioso demais. Do conta, não.

📱 — Eita, homi curioso. Se aprume e fique tranquilo, visse. Se o nosso bolinho se "amostrar", tu será o primeiro a saber. Prometo!

📱— Own, ocê num deixa Izadora saber primeiro, heim. Aquela lá não segura uma fofoca e vai acabar cantando para os nossos parentes antes da gente.

📱 — Hahaha...e tu não é boca de caçapa também, não né? Só a pobi de Iza que é?

📱— 😒

Rodolffo tá com essa muléstia do cachorro só porque na nossa última consulta, a doutora Ane não conseguiu ver pelo ultrassom o sexo do nosso bolinho, que devia estar "envergonhadinho" e ficou o tempo todo de perninha fechada, para tristeza do papai, que já estava tramando uma forma criativa para contar aos nossos parentes e amigos.

Aliás, o apartamento dele está cheio de bexigas lilás e verde. Estava empolgado, o pobi.

Com muito custo consegui desligar o telefone, prometendo que não iria deixar a Iza estragar a surpresa sobre o sexo do bebê, com os nossos parentes. Depois do almoço, recebi mensagem da Iza avisando que chegou e eu desci

Bora, garota ! A titia aqui tá muito curiosa pra ver meu sobrinho — Iza, disse assim que eu me sentei no banco do carona, ao lado dela, que dirigia o carro do Rodoffo.

— Oxente, que tanta certeza é essa de que é um menino?

Num tenho não. Mas, apostei com o meu pai. Eu mais Gustavo, achamos que é um menino. Mas, meu pai e Lúcia tem certeza que é menina.

— E Dona Selma? Acha que é o quê?

— Ah, mamãe é daquelas vó que não palpitam. Só ficam esperando nascer, porque não importa se é neto ou neta, ela vai mimar de qualquer jeito.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora