⚖️ JULIETTE
Depois do café da manhã, Rodolffo me ajudou a organizar algumas coisas que eu ainda precisava arrumar. Consertou a torneira da pia, instalou as persianas do quarto que reservei para ser meu escritório e agora estava trocando o chuveiro.
— Rodolffo, tô pensando em pedir comida japonesa para o almoço. Topa? — perguntei me escorando no batente da porta do banheiro.
— Opa, pode pedir, Bastiana. Que o meu estômago já está grudado nas costas.
— Oxi, tu comeu mais da metade do café que trouxe pra mim e já tá com fome?
— Uai, tô me esforçando muito arrumando esses trem.
— Ô bixinho, tô deixando tu cansadinho, né?
— Tá. Mas não do jeito que eu gostaria — ele disse olhando pra mim com a maior cara lisa.
— Deixe de inxerimento, seu safado — falei e ele riu alto.
Pedi nosso almoço e fui arrumar a mesa. Foi o tempo do Rodolffo acabar a instalação do chuveiro e o porteiro avisar que o almoço chegou.
— Ju, enquanto ocê desce pra buscar a comida eu vou em casa trocar de roupa. Me molhei todo.
Olhei pra ele e estava sem a camiseta e eu só faltava babar. ( na verdade acho que babei um pouquinho).
— Tá tudo bem, Ju? — disse chegando bem perto de mim, eu já sentia o seu perfume e os pelos da minha nuca arrepiarem.
— Eu vou ... tenho...chamou....é ... — não conseguia formular uma frase e o safado não saia de perto de mim.
— Ocê parece confusa, Xuliette. Tem certeza que está bem ? — ele chegou bem mais próximo de mim, ficando de frente.
Por causa da diferença de altura o meu rosto estava quase grudado em seu peito.
— Ei, tu tá invadindo o meu espaço, visse. Quer ir um pouco mais prá lá, pufavô .
— Calma, brabinha. Não tô fazendo nada, só quero saber se ocê tá bem.
- Rodolffo, eu aceitei tu ficar aqui comigo porque somos vizinhos e acredito que a gente precisa ter uma convivência adulta, pacífica e educada - falei séria pra ele. ( e que não envolva a minha língua nessa gota de água que está descendo pelo seu peito - nham nham - pensei ).
- Tãotábão.
Ele disse me dando passagem e eu como uma fugitiva saí de perto dele e fui correndo, pelas escadas mesmo, buscar o meu pedido. Eu ouvi a gargalhada dele ao fundo.
Cheguei na portaria com as faces coradas, e não era por causa do esforço nas escadas. Paguei o entregador e voltei para o meu apartamento, desta vez de elevador.
Ele ainda não tinha voltado. Aproveitei para ajeitar a comida em travessas e abrir um saquê que o antigo morador deixou no barzinho que tem na sala.
- Hummm... o cheiro tá bom - disse entrando em casa e se acomodando em uma das cadeiras da mesa.
- Vamos comer enquanto tá quente.
- Posso te servir?
- Sim.
Fiquei observando ele todo lindo e concentrado me servindo. Ele ainda estava com os cabelos molhados, usava bermuda de moletom e uma camiseta preta.
- Pronto, brabinha - disse me passando um prato.
- Tem saquê, tu quer?
- Por favor.

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Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)
FanficJuliette Silva, advogada, linda, inteligente, super divertida e cheia de amigos. Tem o coração machucado por causa de um noivado recente, que deixou marcas que ela nem tinha se dado conta. Mora na Paraíba, mas vai provisoriamente pra São Paulo atuar...