Capítulo 31

654 81 37
                                    

Eu tô lascada.

Eu tô muito lascada.

Alô! Cláusula 38, foi só uma rapidinha, visse.

— Acho que é bom tu ir agora, Rodolffo. Nós já nos excedemos demais hoje.

— Te vejo a noite?

— Rodolffo, agora é sério. Preciso que tu entenda que enquanto não resolver o seu caso, a gente não pode ficar de safadeza.

— Pra mim, não é só safadeza, Ju...

Aí, Minha Nossa Senhora Protetora das Advogadas Apaixonadas por seus clientes com corpo de Adônis, boca de coração e peruquinha bagunçada.

O que eu faço com esse homem? Que efeito doido é esse que ele tem sobre mim? Preciso de um plano.

Distância. Isso. Distância Distância é o segredo.

Preciso sempre manter o máximo de distância possível dele. Esse é o plano.

Bom plano, Juliette.

Meu Deus, o que ele tá fazendo? Tá vindo em minha direção com essa carinha linda. Eita homi bonito, pelas caridade. Tá chegando perto. Muito perto. Muito perto.

Mal plano, Juliette.

Ele se aproximou e deu um beijo na minha testa. Seu perfume tira todos os meus sentidos. Alisou meus cabelos e deu um outro beijinho, agora na ponta do meu nariz e me abraçou forte.

— Rodolffo lembre-se da nossa convivência adulta, pacifica e educada.

— Uai, o que eu tô fazendo de errado, Juli? — perguntou enquanto deslizava as mãos nas minhas costas, fazendo eu segurar um gemido.

— Tu não ajuda assim, seu safado.

Ocê não tava reclamando minutos atrás, enquanto me enfiava em você em cima dessa mesa.

— Tu gosta de me provocar.

— Não tenho culpa que o nosso encaixe é perfeito e a gente é fogo e pólvora quando tá junto — disse isso, colando nossos lábios em um beijo delicioso.

— Rodolffo...assim a gente vai acabar se apaixonando de verdade. ( Como se eu já não tivesse apaixonada de verdade).

— Tenho uma coisa pra te contar, brabinha.

— O quê? — falei saindo do seu abraço e o encarando.

— Tarde demais. Eu estou bobamente apaixonado por você.

Ele me olhava com veneração e eu só consegui sorrir pra ele. Me puxou pra mais perto, grudando nossos corpos e deu um xero no meu pescoço.

— Eita, mulinga — falei dando um passo para trás — Tu não acha que as coisas entre a gente estão acontecendo tão intensamente e muito rápido, heim Adônis?

Uai, não sei. Só sei que não quero mais ficar longe docê.

— Também quero muito ficar grudada em tu, mas já disse que tem muita coisa em jogo. A gente não pode arriscar, bixinho.

Anêim, Juli. Tem que ter um jeito.

— O jeito agora é ter paciência — falei bagunçando seus cabelos — Esperar todo o moído passar.

— E se demorar?

— A gente espera. Só não podemos vacilar e aparecer de agarramento por aí — falei me soltando dele — Agora vamos que já ficamos tempo demais aqui dentro.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora