Capítulo 46

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⚖️ JULIETTE

— Lúciaaa ! Lúciaaaaa

Rensga menina Izadora, que gritaria é essa? — uma senhora baixinha e simpática veio até nós na sala, enxugando a mão no avental que estava amarrado em sua cintura.

— Olha quem tá aqui.

Os olhos da senhora se iluminaram ao ver Rodolffo.

— Nossa até que enfim, meu menino. Tava morrendo de saudade docê.

Rodolffo abraçou ela bem apertado e eu fiquei ali na porta com o coração quentinho, vendo a cena.

— Vem, Lu. Quero te apresentar uma pessoa muito especial pra mim  — ele disse trazendo a senhora em minha direção.

— Essa é a Juliette.

E antes que ele dissesse mais alguma coisa, eu me adiantei e a cumprimentei.

— É um prazer conhecê-la, Lúcia.

— O prazer é meu, filha — e virando-se para Rodolffo — Meu menino, sua namorada é linda.

— Ah, nós não somos nam...

— Sim, Lúcia. Ela é linda. Minha felicidade todinha.

— RODOLFFO — falei baixinho, apertando sua mão.

Ele me olhou meio com cara de dor, meio com cara de culpa.

— Que sorte a sua, meu menino. Seu Julio vai ficar contente em ver te ver feliz.

— Mas, ó Lúcia, eles estão namorando escondido, viu. Então bico calado — Izadora alertou a pobi.

— Pode deixar, menina Izadora. O segredo deles está guardado comigo.

— Titiaaaaaa ! veio — Maluzinha entrou na sala correndo e pulou no meu colo.

— Sim, meu amor. Tu acha que a tia ia deixar de vir na festa da princesa mais lindinha de todo esse universo? Marnunca!

— Ei, e o tio? Não ganha beijo? — Rodolffo disse chegando ao meu lado.

— Claro, titio — ela saiu do meu colo e pulou no pescoço dele, que deu um beijo no rosto dela e um cheirinho em seus cabelos.

— Preparada para a sua festa, minha piquizinha?

— Simmmmm. Não vejo a hora de começar pra eu brincar muito.

— E tu vai curtir muito com seus amiguinhos, viu amorzinho.

— Ai, eu tô tão feliz !! Eu sou a menina mais feliz desse mundo todinhooo falou me puxando para perto deles e colocando a gente entre seus bracinhos, num abraço coletivo.

— Que bom, filha. A mamãe também fica feliz em te ver assim. Mas, me conta. Cadê seu pai?

— Papai tá ali fora com a Ariel.

— Com quem filha?

— A Ariel, mamãezinha.

— Quem é essa, filha?

— Ué, a cachorrinha que o vovô me de pesente de anivesálio

— SEU AVÔ TE DEU O QUÊ ??

— A Ariel.

— EU NÃO ACREDITO QUE O SEU AVÔ TE DEU UM CACHORRO.

— Não é bem assim, mamãe — ela disse ainda no colo do Rodolffo e gesticulando freneticamente as mãozinhas.

— É como então, Maria Luiza? Não tô entendendo.

— Vovô não me deu um cachorro.

— Ah, não? Ufa, que susto.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora