Capítulo 15

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📸 RODOLFFO

Apesar de no começo Juliette retrucar, acabei convencendo ela vir até meu apartamento conhecer minha irmã e minha sobrinha. Na verdade, eu não a convenci... eu meio que a chantageei.

Mas, foi por uma boa causa. Eu precisava desfazer aquele mal entendido que a Izadora sem noção fez a gente passar.

Logo, no momento em que a gente estava tão conectados, tão entregues um a outro; minha irmã apareceu e tenho certeza que muitas coisas passaram na cabeça daquela brabinha. E digo mais ! Todas as coisas que passaram, eu era sempre o safado da história.

Por isso, eu não poderia deixar situações mal explicadas ficar entre nós de novo. Não mesmo.

Não agora, que eu tive os lábios dela nos meus, e foi uma das sensações mais incríveis que eu já senti na vida. Que beijo foi aquele, moço?

Aliás, tê-la em meus braços levou minha mente a mil. O cheiro dos cabelos dela, a textura de sua pele, o sabor do seu beijo, o sussurrar baixinho dela...

Owm, será que aquele biscoito da sorte tinha razão? Caí de cabeça nesse sentimento? Credo.

— É um prazer conhecer você, Juliette  — minha irmã cumprimentou, abraçando a Ju.

— O prazer é todo meu, Izadora. Me desculpe ter saído correndo daquele jeito. 

— Eu é que peço desculpas, Ju. Por chegar em um momento ruim, né?

Ju ficou vermelha na hora e eu olhei feio pra Iza.

— Ah, quer dizer...em um momento não ruim...quero dizer...num momento íntimo...ou melhor...

Ocê tá piorando o crochê, Izadora — falei bravo.

— Tá tudo bem, Iza. Tu não atrapalhou nada muito importante.

Daí foi a vez de eu olhar feio pra Ju.

— Como assim, nada importante, Juliette?

— Eu só quis dizer, que ela não atrapalhou nada sério.

— Também não é assim, né. Eu não represento nada pra ocê? Sou um nada?

— Se acalme, homi. Eu só quis evitar...

— Como assim evitar? Evitar o quê? Me evitar ? Eu sou o quê procê? Algo tão ruim assim? Um problema, um câncer que ocê quer distancia?

Oxente, minino. Eu só ia falar que eu queria evitar mais desconforto pra Izadora.

— Liga não, Ju. Esse garoto é dramático. Se eu te contar as presepadas que ele já fez.

— Ninguém te chamou na conversa, Izadora.

Elas começaram a rir de mim e eu fechei a cara. Meu humor só voltou, quando Malu entrou correndo na sala.

— Tio Dolffinhooooo — minha sobrinha veio correndo até mim.

Ela se jogou em meu colo e eu a peguei no ar. Dei um cheirinho em seus cabelos e ela beijou meu rosto.

— Tio. Eu amei ! Amei ! A picina de bolinha — ela falava e gesticulava afobada.

— Que bom, que ocê gostou meu amô. Mas, agora o tio quer te apresentar uma pessoa.

Com a Malu ainda no meu colo, me aproximei da Ju.

— Juliette, minha vizinha brabinha. Essa é a Maria Luiza, mais conhecida como a Maluzinha do tio.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora