Capítulo 61

559 73 33
                                    

⚖️ JULIETTE

Assim que o carrou parou em frente da casa de mainha, senti uma emoção forte. Uma mistura de saudade e vontade de ficar no colo dela.

Fui descendo do carro, enquanto Rodolffo acertava a corrida com o moço do taxi e já no portão, chamei mainha do meu jeitinho doce e um pouco exagerado.

— MAINHA, MULHERRRRR. CHEGUEI !

— Pelas caridades, Juliette. A vizinhança toda percebeu ! — ela disse vindo correndo, com um sorriso no rosto.

Assim que ela abriu o portão, e eu vi a sua figura tão forte e tão doce, eu não aguentei e chorei emocionada, me ajoelhando em seus pés.

— Minha fia. O que é isso?

— Saudades, mainha

— Levante do chão, minha menina e me dê um abraço.

Me levantei e agarrei ela num abraço, cheio de calor, saudades e lágrimas. Pelas caridades, esses hormônios da gravidez vão acabar me desidratando, de tanto me fazer chorar.

— Ô minha princesa linda — ela disse acariciando meus cabelos — Não chore, sua mainha tá aqui.

— Tô com tanta saudade. Tem tanto moído acontecendo — falei ainda fungando — Mas moído bom, visse.

— Então vamos entrar, minha menina pra tu me contar tudinho.

Cof , cof — Rodolffo tossiu chamando a nossa atenção.

Oxi, que cabeça a minha, me esqueci do Adônis.

Fui até ele e o abracei pela cintura.

Mainha, esse é o Rodolffo Adônis — ele sorriu tímido pra ela —
— E  Rodolffo, essa é a minha mainha, Dona Yolanda.

-—Muito prazer Dona Yolanda — ele disse esticando a mão pra ela em um cumprimento.

-—Mas, meu fio como tu é bonito! — mainha disse vindo até ele e o puxando para um abraço, deixando ele com a s bochechas coradas e eu ri.

Oxi, não dê moral pra ele não, visse. Senão ele fica todo amostrado.

-— Mas eu vou mentir? O homi é lindo mesmo. Eu já tinha achado bonito na chamada de vídeo, agora assim ao vivo achei mais bonito ainda. E ainda por cima é cheiroso.

Gradecido, Dona Yolanda, mas assim a senhora me deixa sem graça.

— Pois não fique, meu fio. Como a gente dizia na minha época, tu é um pão , visse — ele deu aquela gargalhada escandalosa e gostosa dele, fazendo eu e mainha rir também — Agora vem, vamos conversar lá dentro. Entrem, vamos tomar um café e descansar pra vocês tirarem a inhaca da viagem.

Entramos e ficamos direto na cozinha, pois mainha ja tinha preparado tudo e nos entupiu de todos os tipos de guloseimas que se possa imaginar. Ela e Rodolffo emendaram em um papo, que pareciam que se conheciam há tempos e eu ficava ali, bobinha vendo a interação deles dois.

— Minha fia, tô tão feliz. Tu além de um genro lindo desse, ainda por cima vai me dar um netinho ou netinha. Meu coração parece não querer aguentar de tanta felicidade.

Oxi, mainha nem brinque com isso. Pois a senhora tem que estar firme pra me ajudar a segurar minha cria.

— É maneira de dizer, Juliette. É claro que vou aguentar firme, pra não perder a melhor parte.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora