Capítulo 19

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⚖️ JULIETTE

-BomeuestavanamorandooAlêjátinhacincoanosenosestávamosnoivoseíamosnoscasarmasdaí

Own, pópara, pópara. Devagar aí, brabinha. Assim eu entendo é nada.

— Puxa vida, Rodolffo. É difícil por pra fora toda essa história, visse. Melhor eu jogar tudo de uma vez.

— Nada disso. Ocê se acalme — disse me puxando mais pra perto do seu corpo no sofá, me deixando de costas pra ele.

Oxi, que tu vai fazer?

— Só te deixar tranquila, não se preocupe. Não vou te agarrar. Só quero que ocê relaxe.

Começou a fazer uma massagem gostosa nos meus ombros. Que sensação boa...

Ele ficou uns cinco minutos me fazendo essa massagem deliciosa e eu estava quase dormindo, quando ele sussurrou no meu ouvido.

— Mais calma, Juli?

— Hã-han... — respondi de olhos fechados — Descobri o seu poder, Adônis.

Ele riu e aumentou a pressão nos meus ombros, continuando a me massagear.

— Então, me conte. Ocê era noiva daquele estrupício e iria se casar com ele?

— Humm...sim. Nós íamos nos casar, já estava tudo pronto. Igreja, vestido, padrinhos, salão de festas, buffet, viagem de lua de mel.

— Mas o que aconteceu? — falou pressionando um ponto na minha nuca — Ele desistiu dias antes?

— Eita isso é bom, heim...hummm — meio que sussurei não resistindo aos seus toques precisos — Na verdade, ele me abandonou na porta da igreja.

Uai, como assim? — perguntou parando a massagem e me olhando incrédulo.

Me sentei novamente ao lado dele no sofá, peguei o sorvete e continuei.

— Aconteceu bem antes do dia do nosso casamento e eu deveria ter desconfiado. Mas como eu estava boba e apaixonadinha, não levei muito em consideração, sabe.

— Ele tinha outra?

— Na verdade tudo aconteceu quando minha prima de segundo grau chamada Larissa, veio passar uns dias lá na casa dos meus pais, em Campina Grande. Foi nessa ocasião que o Alê a conheceu.

— E ?

— No início eu achei estranho a aproximação deles dois. Eu até comentei com o Alê, mas ele disse que era uma crise de ciumes descabida da minha parte.

— E quando ocê viu que tinha ariranha nesse mato?

— Foi quando ele insistiu para que eu a convidasse para ser nossa madrinha.

— Mas que feládaputa — disse bravo — Opa, desculpa.

— Tu tem razão. Ele é um fi de um cão, mesmo.

Ocê convidou essa mala de madrinha?

— É claro que acendeu um alerta em mim, pois, nós nem éramos tão íntimas assim. E ela ser minha madrinha não estava nos meus planos. Só que o Alê acabou me convencendo.

— Patife.

— Eu pouco via minha prima. Já Alê, pelo o que fui saber depois, a viu algumas vezes em suas viagens — coloquei mais uma colherada do sorvete na boca — Nua, inclusive.

— E como ocê ficou sabendo desse crochê todo?

— No dia do nosso casamento, enquanto me arrumava, Larissa apareceu com uma cara cínica e uma galeria de fotos em seu celular, com ela e Alê, felizes nas mais diferentes posições.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora