Capítulo 83

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📸 Rodolffo

O dia passou numa lerdeza, que já tava me dando uma gastura. Queria ir logo pra casa, tomar um banho e me enroscar na minha morena.

Eu estava ansioso desde o início do dia pra saber sobre o nosso bolinho e de novo, esse trenzinho custoso se escondeu. Tem base?

Ju me disse que iria fazer um jantarzinho pra nós e eu resolvi comprar um sorvete de castanha que ela gosta. Aproveitei que estava no centro da cidade e passei no mercado nas flores e comprei um arranjo de orquídeas rosas e brancas pra ela.

Saí do elevador e no corredor, já ouvia as vozes da Malu e da Iza dentro do meu apartamento, olhei para o apartamento da Ju e de lá saía o som de uma música e minha Juli cantava lindamente junto.


Fiquei ouvindo ela cantar e vou te contar um negócio, moço. Que voz linda. Sei que sou suspeito, mas, ela canta melhor que muita cantora por aí. Tô apaixonado na voz dela. Que muié perfeita. Ssasenhora.

Não aguentei e toquei a companhia e me encostei no batente da porta. Ela me atendeu, ainda cantando, com os cabelos presos em um coque, seus grandes óculos de grau, um avental e uma cara de surpresa, com a testa franzida.


Oxi, homi. Chegou cedo, ainda não aprontei as coisas não, visse.

— Hummm, vendo daqui...eu acho que tá tudo prontin pra mim  — falei puxando ela para um beijo, nos deixando sem fôlego.

Paramos, porque precisávamos respirar.

Oxente, mas é um inxerido, mesmo.

— Tava com saudades, brabinha — falei enchendo o rosto dela de beijos — Minha delícia, a gravidinha mais linda, minha namorada perfeita, cantora da voz doce...

— Tá me paquerando, Adônis?

— Sempre — falei hipnotizado por ela.

Ficamos por alguns minutos nos olhando dengosos, quando lembrei do arranjo de flores e o sorvete de castanha, que deixei ali no chão, ao lado da porta.

— Ó, comprei procê.

Entreguei o arranjo pra ela e o sorvete, que ficou com aquela carinha tímida e as bochechas coradas.

— Tu não existe, homi. Sempre tão carinhoso — falou me dando um selinho longo.

— Vou pra casa pra tomar um banho e já volto, tá bão.

— Isso, vá! E me deixe acabar aqui —  e ficando na ponta dos pés, falou baixinho no meu ouvido — Mais tarde, eu tenho uma surpresinha pra tu.

Assim que ela falou isso, naquele tom de voz tão baixo e tão doce, meu amigo se animou na hora, nas minhas calças.

Own, brabinha. Desse jeito não consigo sair daqui. Olha como ocê me deixou — falei grudando nossos corpos, fazendo ela sentir a minha ereção.

Destino ou Acaso ? (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora