“Amigos venham então
Não importa onde seja seu lar
Mesmo tão longe assim
Chegaremos ao fim
E nada nos vai separar”
— Tinker Bell❀
Quando o sol iluminou a manhã, Morgan nem mesmo havia dormido. Ele não conseguiu, nem por um segundo sequer, adormecer. Nem mesmo quando Aura se rendeu ao sono, respirando de forma serena com o rosto apoiado em seu peito.
E sim, ele confirmou algumas vezes se ela estava mesmo respirando. Não se orgulhava disso, mas várias vezes durante a madrugada ele aproximou seu rosto do dela, para sentir sua respiração, vendo o pavor desaparecer de seu peito ao confirmar que sim, ela estava viva, aquilo não era apenas um devaneio de sua mente. Ela estava ali.
Em algum momento, Morgan notou que o quarto de Aura estava diferente do habitual. Estava tão desesperado por sentir o calor dela que mal havia reparado na mudança antes, mas agora estava claro. E talvez essa tenha sido a razão pela qual ele não se sentiu tão deslocado quando entrou no cômodo naquela vez.
As paredes rosas haviam desaparecido, sendo substituída por uma tintura amarela, tão claro quanto o sol que brilhava de manhãzinha, com pequenas flores brancas ilustradas nas extremidades, de forma sutil.
Ainda haviam flores, mas nem tantas. No momento que Morgan notou toda a repentina mudança, sentiu seu coração esquentar, pensando no quanto Aura havia se dedicado para que ele se sentisse em casa, tentando fazer com que ele sentisse que ali também era o quarto dele agora.
Estava distraído em seus pensamentos quando escutou uma voz baixa, tão familiar que sentiu seu corpo relaxar.
— Bom dia, Mor... — Murmurou ela, com a voz sonolenta.
Morgan sorriu, olhando para os olhos semiabertos de Aura, enquanto ela olhava para ele com um meio sorriso.
— Bom dia, raio de sol. — Ele murmurou baixinho, correndo seus dedos pelos cachos dourados da princesa, antes de acrescentar, apenas porque podia: — Minha esposa.
— Meu marido. — Ela respondeu com um sorriso completo, completamente acordada agora, sentando-se na cama para se espreguiçar.
— Acha que seu irmão vai estar com raiva por termos saído cedo? — Morgan perguntou, fazendo uma careta ao pensar em receber um dos longos discursos repreensivos de Florean.
— Deixe-o ficar. — Aura decretou, franzindo as sobrancelhas. — Eu não ia simplesmente fechar os olhos para a forma como as pessoas estavam te tratando. Tratando todos, na verdade.
Mesmo depois de tanto tempo, o peito de Morgan ainda ardia como se fosse a primeira vez, ao ver Aura defendê-lo daquela forma. Ela o conhecia agora, com todos os seus segredos, todas as suas mentiras e todo o seu passado e ainda sim o defendia.
Às vezes era demais para acreditar.
— Eu te amo. — Ele disse, puxando-a pela cintura para um beijo.
— E eu amo você. — Ela respondeu, quando seus lábios se afastaram.
❀
Como Morgan previra, Florean não parecia ter o melhor dos humores quando eles desceram para o café da manhã.
Ele tinha seus olhos muito fixos no prato a sua frente e nem ao menos piscou quando Aura e Morgan sentaram-se à mesa. Seus demais irmãos, assim como seus amigos também estavam lá e, para o alívio de Aura, todos pareciam divertidos com o mau humor do príncipe ruivo. Até mesmo Fault tentava esconder um sorriso com o guardanapo rendado.
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Crônicas de Flora e Fauna: A Maldição de Alexandrita
Fantasía"Sua luz não deveria iluminar um monstro como eu" Nas mágicas terras de Feeryan, no belo reino de Alexandrita, uma terrível maldição foi lançada em uma alma inocente por um coração em busca de vingança. A princesa Aura, dona de um coração bondoso m...