"Tantas luas no céu
Quem se distrair
Talvez vá cair
O escuro é cruel" — Aladdin❀
Desde que conseguiu sair do palácio, Aura visitou diversos lugares, viveu diversas situações e viu mais belezas do que jamais sequer imaginou. Mas nada, em nenhum dos lugares que esteve, a preparou para Sagittarius.
A corte habitada por, principalmente, filhos da noite era um dos lugares mais exóticos que Aura já pôs seus olhos.
Morgan segurou sua mão durante todo o caminho, mas manteve uma animada conversa com Serpens, a qual Aura não participou, sua atenção estava toda ocupada com a paisagem. Mesmo que não houvesse nada indicando onde Sagittarius começava, Aura pôde notar a diferença enquanto andavam em meio a floresta.
Pequenos cristais haviam sido inseridos nas copas das árvores, deixando seus troncos negros cheias de pontos coloridos. Aura pôde ver várias runas pintadas em prateado nas folhas vermelhas e não pôde deixar de se perguntar se elas haviam aparecido ali magicamente, ou se alguém havia se dado o trabalho de pintar uma por uma. Mesmo o ar parecia diferente, havia um certo brilho, como se pequenas partículas brilhantes dançassem pelo vento.
Quando finalmente chegaram ao centro da corte, Aura soltou uma exclamação mais alta do que pretendia e quase pôde ouvir Serpens rindo atrás de si.
Não havia casas, nem qualquer tipo de edificação. Para todos os lados que Aura olhasse, só haviam tendas. Fileiras e fileiras de tendas, dos mais diversos tamanhos e cores, todas ricamente ornadas com pinturas, bordados e pingentes de cristal. Grandes lanternas de papel flutuavam ao redor das tendas, brilhando suavemente.
Filhos da noite estavam em toda parte, com suas peles brilhantes e cabelos de nuvem. Mesmo vendo tantos, Aura ainda se perdeu olhando para cada um. Eram belos demais para serem reais. Ela viu alguns daemons, serpes e até uma ou outra bruxa, mas no geral havia apenas filhos da noite.
A grande maioria das tendas, naquela parte da corte, estavam voltadas para o comércio. Aura rapidamente agarrou sua bolsa de moedas e se aproximou das tendas, arrastando Morgan atrás de si.
Não haviam tendas de poções e ervas como as que Aura viu antes, mas diversas das tendas voltadas para ler o futuro em cartas, mãos e cristais, como a que Eileen costumava montar. Mas havia outras também.
Tendas de livros, de roupas e alguns utensílios, mas Aura não se prendeu muito nelas quando outra coisa a chamou atenção: Tendas de jogos de dados, cartas e até jogos mais hábeis, como acertar pedras em buracos a distância ou atirar com pequenas bestas em pequenos objetos.
— Você quer tentar? — Morgan perguntou, observando seu olhar curioso.
— Venha! — Exclamou Serpens, antes que Aura pudesse responder. — Aposto um doce que acabo com você!
Aura riu alto, prontamente aceitando a aposta de Serpens, mas não tardou a se arrepender. O príncipe não mostrou misericórdia nenhuma quando massacrou Aura nos jogos de mira e cartas. Em compensação, Aura o derrotou com grande margem nos jogos de dados.
— Eu ganhei!! — Ela gritou feliz, vendo seu dado de cem lados exibir um brilhante 99, ao lado do de serpens, que possuía um humilde 68. Sua empolgação a fez puxar Morgan para um beijo.
— Você foi bem, garota. — Serpens a aprovou, rindo. — Mas eu acabei com você nos alvos.
— Então deixe-me vingá-la. — Morgan se ofereceu, sorrindo. Aura o olhou com surpresa, mas Serpens rapidamente o puxou de volta para a tenda de alvos.
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Crônicas de Flora e Fauna: A Maldição de Alexandrita
Fantasi"Sua luz não deveria iluminar um monstro como eu" Nas mágicas terras de Feeryan, no belo reino de Alexandrita, uma terrível maldição foi lançada em uma alma inocente por um coração em busca de vingança. A princesa Aura, dona de um coração bondoso m...