Apenas um pode entrar aqui. Aquele cujo valor está do lado de dentro. Um diamante bruto.
- Aladdin❀
Querida Siren
Espero que minha inesperada carta não venha aborrecê-la. Tenho a plena consciência de que eu não devia continuar mantendo contato, não depois do mal que te fiz. Sei que já tenho seu perdão, mas ainda não me sinto em paz. Então, desde já, peço que me perdoe por isso também.
Mas durante esses dias sem Aura, eu percebi que não devo adiar momentos e situações. Por isso escrevo para dizer que penso com frequência em você, desde Pérola. Com uma frequência que me assusta.
Meu dia tem sido estressante, a busca por minha irmã tem tirado toda a minha energia, os únicos momentos que me sinto leve são aqueles que estou pensando em você e apreciando suas pinturas. Encontrei algumas delas enquanto procurava por minha irmã em Amarílis assim que chegamos. São lindas! Só não são mais bonitas que a autora delas.
Eu lamento muito por não ter percebido isso antes, por não ter percebido quem você realmente era, lamento de todo meu coração. E espero que em algum momento o destino possa me permitir tentar de novo.
Isso se Primrose não me enlouquecer até lá. Eram essas palavras que eu queria lhe dizer em nossa despedida, mas fiquei nervoso. Perdoe-me, como lhe disse antes, na maioria das vezes eu sou mais articulado do que demonstrei.
Se você estiver lendo até aqui, eu agradeço pelos momentos que passamos juntos e pelo amor que tentou me dar e eu cego, não enxerguei.
Deixo aqui registrado que estou disposto a lutar pela sua confiança. E se me der a honra, pelo seu amor. Me perdoe se isso soar precipitado, é a primeira vez que estou agindo sem um planejamento.
Esperando que esteja bem..."
- Aaawn que gracinha! - Exclamou Primrose, que estivera lendo a carta por cima do ombro de Florean, antes de arrancá-la das mãos dele, impedindo-o de assinar a carta. - Trocando cartinhas de amor?
Os três príncipes se encontravam no salão de reuniões do castelo, até então em um profundo silêncio, que havia sido brutalmente rompido por Primrose. Praticamente dois dias em Alexandrita, e nenhum deles havia dormido. Dois dias revistando cada canto daquele reino, conversando com Lordes e em alguns momentos surtando, Primrose precisava de alguma diversão e havia encontrado o alvo perfeito... Florean.
- Me devolva! - Gritou Florean, erguendo-se de sua mesa para avançar em Primrose.
- Não tão rápido, meu caro irmãozinho apaixonado - disse o moreno, se esquivando dos ataques. - Você é sempre tão fechado com seus assuntos, eu só queria dar uma espiada. Quem diria que você pode ser tão romântico?
- Primrose, eu não estou brincando! - Rugiu o ruivo, ainda tentando tomar a carta das mãos do mais novo.
- Mas eu estou! - Implicou ele, agitando a carta de um lado para o outro, apenas pelo prazer de ver as bochechas de Florean corando de irritação, enquanto lutava para recuperar a carta. - Venha pegar, nobre cavalheiro apaixonado!
Enquanto os dois continuavam sua disputa pela posse da carta, Fault mantinha-se escorado no batente da janela, olhando chorosamente para a escuridão da madrugada do lado de fora. Os vendo orquestrava um balançar suave nas copas das árvores, como se elas partilhassem de sua preocupação.
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Crônicas de Flora e Fauna: A Maldição de Alexandrita
Fantasía"Sua luz não deveria iluminar um monstro como eu" Nas mágicas terras de Feeryan, no belo reino de Alexandrita, uma terrível maldição foi lançada em uma alma inocente por um coração em busca de vingança. A princesa Aura, dona de um coração bondoso m...