"Alguns nunca encontram seu destino, outros são levados a ele." — Merida, Valente❀
Não havia como negar, não diante de tantas espécimes de tubarões sereianos que protegiam o palácio afogado, ele, antes herdeiro de Alexandrita, príncipe Florean, estava apavorado e não era pra menos, quando fora escoltado por esses seres que alegaram que o rei dos mares solicitou sua presença, eles não mostraram gentileza alguma, cada gesto era inundado de brutalidade. Isso, até Siren o encontrar no corredor e nadar até ele. Lembrava-se com um certo calor no peito dela dizendo:
"Solte ele! Eu ordeno que o soltem agora!"
Mas nada disso fez qualquer diferença, Florean apenas se deixou ser arrastado em direção ao salão do trono de Pérola, jogado diante do rei Poseidon.
— Senhor — Florean fez uma reverência respeitosa ao estar diante do rei, mas este nem sequer disfarçou o olhar hostil em sua direção, fazendo ele e Siren chegar a conclusão de que Delphine já havia contado as notícias para o pai, e de forma equivocada.
— Não sei se me surpreendo mais por sua audácia de vir até aqui, rapaz, ou a coragem pela bagunça que causou — Poseidon rosnou. Seus olhos cor de mar faiscavam perigosamente enquanto os cabelos acaju dançavam na água ao seu redor.
— Eu peço desculpas, senhor, eu não tive... — Florean tentou justificar o injustificável, mas o rei, normalmente tão alegre, não parecia muito disposto a ouvir.
— Silêncio.
Florean travou os lábios, respirando profundamente com irritação. Honestamente, ele não estava acostumado a ser silenciado dessa maneira,
— Pai, por favor... — Siren interviu. — Ele trouxe Nerissa e Airissa para nós e foi apenas isso.
— Me parece que Nerissa e Airissa não eram o único motivo da visita — O rei olhou de Siren para Florean repetidas vezes. — Poderia ter mandado outro em seu lugar para trazê-las, se fosse realmente o caso.
— Tem razão, senhor. Eu tive meus próprios motivos egoístas para estar aqui.
— É claro que teve, seu patife, mentiroso! — Outra voz foi ouvida no salão. Delphine. Sua cauda amarela balançava violentamente na água. — Eu me pergunto qual foi a maldita rede mágica que usou para pescá-la desse jeito!
Siren conteve a vontade de se encolher ao ver a irmã nadar para perto do trono de seu pai.
— Não me trate como criança, Delphine. Eu posso tomar minhas próprias decisões... — disse Siren entre dentes, agitando sua cauda violeta em nervosismo.
— Uma decisão estupida e impensada — Delphine Ironizou com desdém. — Lorde Seanus sim é um verdadeiro nobre, ele não te tratará como uma companhia para aquecer a cama, e tem todo o poder político que precisamos no momento.
Florean engoliu em seco, mordendo os lábios, a culpa corroendo seus ossos como uma praga. Delphine sabia como ferir alguém com palavras e ela iria tirar proveito disso.
— Eu já lhe disse, Delphine, e ja me cansei de dizer: não se trata de Florean, Se trata de mim. Mas você é incapaz de ouvir alguém que não seja você mesma. — Siren disse de forma dura, fazendo Delphine travar os dentes de ódio.
— Ele é uma ameaça, Siren, ao menos soube do ataque à terra da magia? Ou que ele se voltou contra o próprio pai e o usurpou? Não tem nem mesmo um título para te oferecer — Delphine apressou-se em dizer, como se estivesse montando uma lista mental do porque o antes herdeiro de Alexandrita não era bom para sua irmã.
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Crônicas de Flora e Fauna: A Maldição de Alexandrita
Fantasy"Sua luz não deveria iluminar um monstro como eu" Nas mágicas terras de Feeryan, no belo reino de Alexandrita, uma terrível maldição foi lançada em uma alma inocente por um coração em busca de vingança. A princesa Aura, dona de um coração bondoso m...