Capítulo 10

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N/A: Oii pessoas! Como estão? Aqui vai mais um capítulo pra vocês! Apartir de agora, vamos explorar mais as outras cortes e outros reinos ao longo da história, então nós autoras recomendamos que vocês dêem umas olhadinhas no mapa, só pra terem uma total apreciação.
Beijão! Espero que gostem!

"Há mais coisas pra ver
Mais que a imaginação
Muito mais que o tempo permite."— O Rei Leão

A sensação gélida de estar envolto em água deixava Rei Florence desconfortável, mas não tanto quanto a sensação de estar flutuando. Atrás de si, os trigêmeos também eram escoltados por guardas com o emblema de Pérola nos capacetes. Florean e Primrose nadavam rígidos, vez ou outra um deles parava para lançar um olhar rancoroso e irritado para Fault, que nadava encolhido, um pouco mais atrás da comitiva.

Submerso naquela imensidão azul, o rei de Alexandrita não pôde conter o fluxo de memórias que nublou sua mente, por mais que tentasse. Havia tanta poeira escondida debaixo do tapete, tantos segredos soterrados que às vezes se tornava difícil respirar.

Falando em respirar, ele usava uma bolha mágica, fornecida para turistas nas ilhas que povoavam o arquipélago de Pérola. A bolha translúcida isolava toda a sua cabeça em um isolamento seguro e cheio de ar magicamente puro.

Faziam alguns anos que ele não visitava o reino submerso de Pérola, mas agora, lá estava ele. Nadando com uma bolha ao redor de sua cabeça, ao lado de dois guardas com feições humanoides, mas compridos e imponentes rabos de tubarão que o escoltavam pelo Palácio Afogado, até o escritório do rei de Pérola, Poseidon.

O palácio do rei dos mares era, sem dúvida, magnífico. Totalmente erguido em madrepérolas, suas paredes multicoloridas eram ornadas por algas, corais e pequenos crustáceos, haviam janelas largas o bastante para portas não se tornarem necessárias, afinal os seres do mar iam e vinham flutuando pelas águas. O chão era rochoso e repleto de musgo, mas não era normalmente utilizado. Pelas janelas largas, era possível ver os recifes, repletos de anêmonas enormes, conchas gigantescas, grutas e buracos que serviam como lar dos mais diversos seres marinhos. Tudo por ali polvilhava vida.

Vida. Pérola era um reino bem vivo, tanto dentro da água quanto acima dela. O arquipélago de Pérola constituia-se em 56 ilhas dos mais diversos tamanhos.

Um dos guardas abriu uma porta feita de ramos de coral usando a barbatana e com uma reverência respeitosa, cedeu passagem ao rei e seus filhos.

— Poseidon, meu velho amigo — saudou Florence, sua voz um tanto abafada pela bolha.

Rei Poseidon ofereceu a Florence um sorriso cansado que não chegou em seus olhos cor de mar. Os cabelos ruivos do homem eram ainda maiores que os dos trigêmeos e dançavam ao seu redor agitados pela água e misturando-se com a barba farta, em seu topo havia uma elegante coroa de conchas. Seu enorme e forte rabo de peixe-leão se agitava abaixo dele nervosamente.

— Florence, já faz tanto tempo - disse Poseidon, levantando-se de seu trono e nadando até o outro rei. — O seu pedido para uma reunião me deixou alarmado. Tenho certeza que não veio de tão longe apenas para ver meus belos olhos.

— Infelizmente não — respondeu Florence, com uma risada seca. — Minha filha mais jovem, Aura, fugiu de casa.

— Ela fugiu?! — Exclamou uma vozinha feminina e infantil.

Todos os cinco homens do recinto observaram uma pequena sereia, saindo de trás do trono do pai, parecendo levemente irritada por ter delatado o próprio esconderijo.

Crônicas de Flora e Fauna: A Maldição de AlexandritaOnde histórias criam vida. Descubra agora