Meu vizinho é meu inimigo

CAP 15: Lixo

— Já que é assim pega um pedaço de madeira e enfia no cu, infeliz! —Falei pra Aaron.

— Que isso, menina!

O professor estava atrás de mim disse, tudo indica que ele havia acabado de chegar.

— oh fessor, você acabou de interromper a melhor discussão que eu já vi. - Igor disse.

— Que pena, agora senta lá. Quanto tempo em Anna Liz?

— pois é, professor.

— foi bom o intercâmbio?

— foi maravilhoso, acredita que eu vi a Hayley Bieber em um restaurante que eu fui?

— Mentira!

- Tô te falando.

— Agora eu tenho que dar aula mas depois me conta tudo, hein.

— Pode deixar.

Me sentei no meu lugar e percebi Aaron me encarar. Eu o ignoro ou mando ele tomar no cu?

— Stop staring at me. — Falo mandando ele parar de me olhar e mostrando o dedo do meio. Tem dias que eu não tenho paciência.

Ele revirou os olhos e começou a prestar atenção na aula.

O professor começou a passar a matéria no quadro e enquanto copiava minha mente dava umas viajadas como sempre.

Aaron estava praticamente na minha frente sentado ao lado de Alex, e fofocando de vez em quando com ele.

Comecei a alternar entre o quadro, o caderno e ele, ele teve um glow up, se é que isso é possível para ele, por que cá entre nós, ele é uma perdição. Ele colocou um piercing na sobrancelha, fez um furo na orelha direita e também fez uma tatuagem no braço, o Brasil fez bem a ele.

Imagina se ele me pega de jeito igual ao meu sonho? Se ele me pega no colo e me prende na parede, uma mão dele no meu pescoço enquanto ele me beija e a outra mão apertando meu seio ou bumbum, eu posso deslizar minhas mãos debaixo da blusa dele e arranhar levemente com minhas unhas aquele tanquinho maravilhoso que eu sei que ele tem, chegando bem perto da entrada dele, e se depois disso ele ainda não estiver excitado eu posso...

— Cheguei, piranha — sou tirada dos meus pensamentos por Madu, ela colocou sua cadeira ao lado da minha. — Que cara de puta sem vergonha é essa que você estava fazendo?

Calma...

Eu estava fazendo cara de puta sem vergonha?

Ou melhor, que porra foi aquela que eu estava imaginando com Aaron?

Acho que Madu sabia onde meus pensamentos vagavam por que ela disse:

— Sabia que o sentimento mais próximo do amor é o ódio? A linha que separa esses sentimentos é bem tênue.

Olhei tentando me fazer de louca para ela.

— Você está fazendo cara de puta novamente, só que dessa vez uma puta mentirosa. Eu sei muito bem onde seus pensamentos estavam por que você não parava de encarar a geladeira Brastemp. - após ela falar da geladeira Igor nos olhou confuso mas rapidamente desviou o olhar.

Nós duas demos esse apelido a Aaron quando não podíamos falar o nome dele quando estávamos próximas, já Alex era
Fogão Electrolux, por ele disse uma vez que gostava de limpar fogão, e quando os dois estavam juntos era Fátima e Sueli.

Somos extremamente criativas quando o assunto é apelidos.

— Eu não fiz isso!

— ah, fez sim. Eu não vou te julgar... até apoio você dar pra ele, ele tem cara que fode bem. — Ela disse a última parte no meu ouvido para que ninguém ouvisse.