CAP 17: Atropelado

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Eu sempre deixo spoiler na mídia, as mídias:

AARON WHITLOCK

O dia hoje parece não passar, já fui a escola, discuti inúmeras vezes com Valentina, trabalhei, fui a academia e até agora a noite ainda não chegou.

Agora está um lindo pôr do sol, a cidade toda adquiriu tons de alaranjado, eu caminhava pela calçada indo para casa, havia acabado de sair da academia. Em meus Air pods tocava supermen do Eminem.

Fui atravessar a rua na faixa de pedestres, estava um pouco distraído por isso quase não percebi a evoque preta vindo em minha direção.

Recuei imediatamente, quase alcançado a calçada.

O carro começou a vir em direção à calçada em alta velocidade, ou melhor, em direção à mim.

O carro parou no último segundo, faltando centímetros para atingir.

Olhei para o motorista mas não consegui o identificar, o parabrisa possuía película fumê.

A evoque deu ré e saiu dirigindo em alta velocidade novamente, antes de acelerar buzinou para mim.

Nem pra descer do carro e perguntar se estou bem.

Ótimo! Tem um louco dirigindo pela cidade.

Para minha sorte a rua estava deserta, ninguém presenciou o ocorrido.

Retomei o caminho de volta para casa, parando no mercado para compra algumas coisas que faltavam para o jantar de hoje.

Estava meio confuso com o que havia acontecido minutos atrás, acabei esbarrando em uma garota, pedi desculpas passando reto, ela estava de costas e mal registrei seu rosto, só percebi que ela era morena e tinha cabelos cacheados preso em um coque.

Sai do mercado e indo para casa, agora eu estava olhando para os dois lados antes de atravessar.

Eu ainda não acredito que quase fui atropelado.

Cheguei em casa e tomei um banho, quando saí me joguei no sofá e fiquei um pouco no celular. Ouvi passos no corredor e logo em seguida a porta se abriu, minha irmã havia chegado, ela entrou e deixou as chaves no móvel ao lado da porta.

— onde estava? — pergunto sem me virar para vê-la.

— estava rodando bolsinha ali na esquina, viu não?

Me virei para encará-la.

— estou falando sério, Ayla.

— estava na casa do Gabriel.

— Gabriel? Irmão da Anna Liz? - Ela confirmou. — o que fazia lá?

— O mesmo que faço aqui, nada. - A encarei. — Para de ciúmes besta, Aaron. Ele é meu melhor amigo.

— Vai tomar um banho, fedida, nós ainda temos que fazer o jantar.

— Tá bom. E fedido é você. Sou cheirosinha o tempo todo.

— aproveita e lava esse cabelo seboso também! — praticamente grito para que ela ouça do corredor.

Meu vizinho é meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora