Cerca de vinte minutos depois de Madu ter desaparecido ela voltou novamente, ela caminhou em minha direção enquanto dançava, ela voltou usando um óculos escuros na cabeça no qual ela não possuía quando saiu, em cada de suas mãos ela tinha um copo com bebidas.
— Olá, amore! — Ela me comprimentou levemente alterada. — Te trouxe a bebida que você pediu, sem álcool e de brinde um Halls de melancia, também tem um trident de melancia que é o seu favorito. — Ela disse tirando o trident do seu decote e o Halls do bolso.
— De onde você tirou esse óculos?
— Foi com uma garota gente boa que eu fiz amizade durante a fila.
— Cadê seu macho? — Perguntei.
— Deve estar por aí! Vem, vamos dançar. — Ela disse puxando não só eu como os meninos para dançar também.
Uma nova música começou a tocar, uma música que todos nós sabíamos a coreografia e começamos a fazer os passos sincronizados, fazendo com que os que estavam ao nosso redor desse espaço para a gente poder dançar. O refrão começou fazendo com que cantássemos o refrão enquanto dançávamos. Passávamos uma energia extremamente contagiante. A música que tocava acabou e a próxima começou, a nossa empolgação permaneceu.
— Mais um ano se passou, eu continuo solteira!— Cantei a letra da música empolgada e senti alguém me puxar pela cintura me colando em um corpo cheio de músculos.
— Até onde eu me lembro você não está 100% solteira. — Ouvi uma voz bem conhecida no meu ouvido.
Com um sorriso descarado no rosto comecei a dançar com nossos corpos colados, segurando sua mão para que ele não se soltasse de mim. Eu fazia questão de balançar bastante meus quadris.
Jesus! Eu sou assim sem álcool, ainda bem que não bebo.
— Eu quero passar a noite ao seu lado, e esse é o problema. Eu não deveria querer sua companhia. — Eu penso alto e ele escuta.
— Então quer dizer que você gosta da minha companhia? — Ele fala no meu ouvido.
— Não — Eu digo me virando de frente para ele. — Eu gosto do que essa sua boquinha perfeitamente esculpida pode fazer — Digo passando meu indicador na sua boca e logo em seguida pelo seu tronco. — E de poder sentir esse seu corpinho.
— A omissão realmente é uma das suas habilidades, eu sei que além de usufruir desse meu corpo incrivelmente perfeito e magnífico, você ama usufruir da minha companhia, você esconde isso até de você mesma, querida.
— Seu ego é surpreendentemente grande, querido.
— Não só meu ego. — Ele disse com um sorriso arrogante no rosto.
— Você calado é um poeta, Aaron.
— Ah é? Por que você não vem me calar então? Posso fazer poesia com a minha língua dentro da sua boca.
Segurei em sua nuca, com meu dedo indicador peguei sua correntinha e em um piscar de olhos o puxei para mim o beijando em seguida. Seu aperto em minha cintura aumentou, e senti que ele se segurava para não descer sua mão para a minha bunda por estarmos em público.
Sua língua estava em perfeita sincronia com a minha, aproveitei e deixei a bala que estava em minha boca na sua, logo em seguida terminei o beijo com um selinho.
— Ê Casalzão! — Arthur gritou levantando seu copo para o alto.
Seja lá o que aconteceu com ele minutos atrás ele provavelmente está tentando recuperar com o álcool, se ele estiver afogando as mágoas no álcool é melhor eu ficar de olho nele para ele não fazer merda.
— Quem fala que já meteram a porrada um no outro? — Igor fala.
— Ninguém! — Alex responde rindo.
Continuei a dançar mas fiquei com vontade de ir ao banheiro e chamei Madu para ir comigo, ao me virar para procurar um banheiro dei de cara com Aaron.
— Ainda está com minha bala? — Perguntei.
— Quer pegar de volta? — Antes mesmo de obter uma resposta ele me beijou.
Passei uma das minhas mãos em sua nuca, já que a outra eu segurava a mão de madu atrás de mim. Pelo menos agora ela sabe qual a sensação de ficar de vela para alguém enquanto a outra agarra alguém bem do seu lado, já que ela fez isso comigo diversas vezes.
A bala que ele me passou já não era a mesma, já que senti a diferença dos sabores, Madu deu um puxão na minha mão que foi o suficiente para fazer o meu braço doer. Ok, recado entendido!
Terminei o beijo e fui com ela me guiando para um banheiro mais próximo. Fomos andando e dançando, até mesmo cantando trechos do funk que tocava, no meio da empolgação esbarrei em alguém sem querer.
— Desculpa! — Falei antes mesmo de ver que era, quando olhei para o lado vi que era a piranha da Rafaela.
Se eu soubesse que era ela, nem teria pedido desculpas.
— Olha por onde anda! — Ela diz, seu tom de voz na mais pura ignorância.
— E você vê se pensa duas vezes antes de sentar pro macho alheio! — Falei com ignorância e baixo, rancorosa? Eu? Jamais!
Pelo menos eu já superei aquele rato abatido de esgoto.
Mesmo falando baixo o rascunho do capeta conseguiu ouvir o que eu disse.
— Olha aqui sua mocreia- — Antes que ela terminasse a sua frase foi interrompida por Madu.
— Dobre a sua língua para falar da Anna Liz. — Madu já estava relativamente bêbada, ou seja, para ela querer descer a porrada na Rafaela não custa nada.
Mas eu adoraria vê-la apanhando. Mas Madu acabou com a minha graça e saiu me puxando. Depois de enfrentarmos uma fila gigantesca para ir ao banheiro, Madu decidiu que iria pegar bebidas para gente.
Eu estava na fila com ela, mas acabou que vi um colega meu que já não via há muito tempo e decidi ir para perto dele para pôr o papo em dia.
— Opa, jão! — Cheguei perto dele o cumprimentando pelo apelido.
— Anna Liz! Quanto tempo hein, sumida?! — Ele disse e logo em seguida me deu um abraço.
Conversamos um pouco e pude perceber ele com duas garrafas d'água na mão, olhei para a direção de Madu e ela ainda parecia demorar para pegar as bebidas, e eu estava com sede.
— Me dá um pouco da sua água? — pedi.
— Claro! — Ele disse e me estendeu uma garrafa.
Eu praticamente virei a garrafa na boca e após tomar três grandes goles seguidos da água percebi ela com um gosto meio estranho.
— Puta merda! — Ele exclamou assim que eu percebi o gosto da água e parei de tomar. — Acho que te dei a garrafa com a água batizada!
— Como é amigo? — Perguntei com meus olhos arregalados. Espero que esses três goles não dê em nada
CONTINUA...
E não é que quem é vivo sempre aparece?
Voltei!
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Meu vizinho é meu inimigo
RomansaAnna Liz, uma jovem que persegue desde a infância um desejo: um intercâmbio para LosAngeles. Com sua melhor amiga ao seu lado, a promessa de uma aventura repleta de descobertas se materializa. Contudo, na trama complexa da vida, um elemento inespera...