CAP 36: Me mostre, querido.

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Hoje finalmente é sábado, o fim de semana demorou quase uma eternidade para chegar. Desci as escadas e fui em direção à cozinha e percebi que meu pai fazia tapioca.

- Bom dia, pai lindo do meu coração. - Falei o abraçando pelas costas.

- Você quer que eu faça uma tapioca para você, né?

- Sim.

- Tá bom.

Me sentei e fiquei esperando ele fazer minha tapioca,

- Você está parecendo um zumbi - Falei para o meu irmão que havia acabado de entrar na cozinha.

O cabelo dele estava todo desgrenhado, pela sua expressão ele havia passado boa parte da noite acordado. Ele não está mal ou coisa do tipo, pois ele é do tipo que dorme para esquecer seus problemas. Ele só deve ter passado a noite jogando, vendo séries ou pode ter saído escondido.

Desde que voltei do meu intercâmbio notei que ele saiu escondido três vezes, e eu preciso descobrir onde ele vai.

- Bom dia para você também.

- Quer tapioca também? - Meu pai pergunta e ele responde que sim.

- Pode pegar uma xícara de café para mim? - Pergunto.

Ele trouxe a xícara com café para mim e logo em seguida pegou um pouco de café para si mesmo, logo se sentando ao meu lado e começando a mexer no seu celular.

Eu estava mexendo no meu mas toda hora eu ficava olhando para ver o que ele tanto mexia no celular, mas o brilho da tela estava no mínimo e eu não conseguia enxergar, eu nem sei como ele está enxergando alguma coisa.

Logo um prato com uma tapioca foi colocada em minha frente, desviando minha atenção do celular.

- Então, tenho notícias da minha família para vocês, eles chegam hoje a noite. - Meu pai falou e a decepção atingiu à mim e a Gabriel.

- Ainda bem que eu vou sair hoje à noite.

- Onde você vai? - Gabriel me perguntou.

- Em uma festa com meus amigos.

- Ótimo, vou com vocês.

Eu iria dizer que não, mas vou deixar, porque ninguém merece alguns parentes do meu pai.

- E quem vai vim?- pergunto tentando parecer interessada para não deixar meu pai triste.

- Minha mãe, minha irmã Nicolly, o meu pai, e a nossa queridíssima tia Sônia.

A tia Nicolly é incrível, eu amo ela, também gosto muito da minha avó e meu avô, porém eles tem a capacidade de serem ótimas pessoas em um momento e logo em seguida dizerem algo que ofenda cinquenta minorias diferentes.

Já a tia Sônia não precisa nem dizer nada.

- Que eles esqueçam a tia Sônia pelo caminho, amém. - meu irmão fala.

- Amém. - Respondo.

- Daqui a pouco vou ter que resolver algumas coisas na rua, quem vem comigo? - Meu pai fala ignorando nosso comentário.

- Não vou poder porque trabalho hoje. - Meu irmão respondeu.

- Anna Liz?

- Eu vou, se ficar em casa não terei nada para fazer mesmo.

Após tomar meu café da manhã eu subi e fui me arrumar para sair com meu pai.

- Bora gente! - Meu pai gritou enquanto esperava na porta, ele ia aproveitar e deixar o Gabriel no trabalho.

Meu vizinho é meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora