CAP 62: Três frangas.

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As duas garotas me encaravam com um sorriso no rosto parecendo duas psicopatas, falando um oi uníssono.

— Oi, Anna. — disse a loira burra.

— Senta ali com a gente, menina. — a morena falou. — Bora bater um papo.

Hm, amo quando pessoas extrovertidos me adotam.

Me sentei com as as duas na varanda, enquanto elas falavam animadamente, confesso que Laura parece ser uma garota legal, mesmo que ela seja namorada de Aaron, mas nada tira da minha cabeça que ela é loira burra.

Já a garota morena, se chama Carol, tem dezenove anos, e é tia de Aaron.

— Gente, vocês acompanham aquela Eduarda no Instagram? — Laura fala olhando para a tela do celular.

— Aquela Eduarda Souza? — Carol pergunta.

Será que elas estão falando da minha Eduarda?

— Simm! Olha o challenge que ela postou. — Laura falou virando o celular na nossa direção.

— Essa garota é minha inspiração, juro! — Carol falou e sorri.

Realmente, elas estão falando da minha garota.

— Nossa essa garota é o máximo mesmo!  — Falo e então Laura trava uns segundos enquanto encara o celular.

— Muita hora nessa calma! Digo, muita calma nessa hora. — Laura diz. — É você aqui nos destaques dela? — Ela pergunta.

— Sim.

— Então é você que sempre fica falando no fundo dos stories dela? — Ela pergunta.

Confesso que por não aparecer nos stories eu acabo falando muita besteira nos stories dela. Eu só apareço no Instagram privado dela onde falo mais merda ainda.

— Eu mesma. Achei que vocês até se conheciam.

—Porque?

— Aaron também é amigo dela.

— Como assim? Eu vou matar esse filho da mãe!

Então João surge com um copo de alguma coisa oferecendo para a gente.

— Prova que essa é das boas. — Ele disse entregando o que parecia ser pinga para Carol.

A mesma bebeu fazendo uma careta logo em seguida, então passou para Laura que bebeu, um de seu olho tremendo e seu corpo arrepiando, ela me passou o copo que devolvi para João sem beber.

— Uai, vai beber não? — Ele perguntou colocando uma mão na cintura.

Uma xícara.

— Não, vou passar.

—  Bebe, boba! Vai me dizer que teu pai não deixa? Ele nem tá vendo.

— Não, muito obrigada, seu João, mas vou ter que recusar.

— Só um golinho.

— Ela não pode beber, vô. — Aaron falou enquanto ia até a pia sem ao menos olhar pra mim.

Hm, achei que ele estava fingindo que eu não existia. Estava até preferindo assim.

— Não? Me desculpe então. Mas por que a menina não bebe?

— Tenho um probleminha no coração, e não é recomendado que eu beba, por que pode acelerar demais ou deixar lento demais, e nenhum dos dois vai ser bom.

E ainda sim eu insisto beber em dias em que estou cansada. O problema é do meu  marcapasso, ele que lute para controlar meu coração.

— Ah sim, é complicado. — Ele falou, se distraindo com algo que falaram com ele.

Meu vizinho é meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora