CAP 24: Cabecinha Pertubada

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É inacreditável!  Plena manhã de um sábado e eu tendo que ir até a casa de Aaron para poder fazer a porra de um trabalho. Eu ainda ponho fogo naquela maldita escola.

Eu andava completamente furiosa pelas ruas indo em direção ao condomínio onde o idiota morava. Em meus fones tocavam Heartburn de Wafia e eu cantarolava a música quando entrei no elevador, já no prédio em que Aaron morava.

Respirei fundo antes de sair do elevador e me deparei com a mãe de Aaron esperando para entrar.

Ela me abraçou em forma de comprimento e me disse que poderia entrar, pois  a porta estava aberta, já que ela aguardava por mim.

Fiz como ela mandou e assim que entrei me deparei com uma sala de estar que era extremamente linda com um sofá que aparenta ser extremamente confortável, a casa era em tons neutros, andei alguns passos e vi que  o apartamento era extremamente lindo e de muito bom gosto.

— Achei que não fosse vir — Aaron fala me assustando pois não estava vendo-o até que o avistei na varanda.

— Para meu azar eu preciso de validação acadêmica para me sentir satisfeita comigo mesma.  — Disse indo até ele.

— Infelizmente eu também.

— Que bom, acho que isso significa que vamos fazer um bom trabalho.

— Esse trabalho vale 15 pontos, eu espero tirar no mínimo 10 pontos.

— Ótimo, pois eu também.

— Cheguei família! — Vejo Ayla entrar no apartamento toda suada e com roupas de academia.

Por que todos ao meu redor frequentam a academia e eu não? Até minha avó faz academia.

Ah é, eu vou um dia e falto o resto do ano achando que um dia de treino irá me dar resultados.

— Oi, Anna! Oi, palhaço! — Ela nos comprimenta.

— Oi, espiga de milho! — Aaron fala e quase ri com o apelido.

— Anna, você me ajuda a jogá-lo pela varanda?

— Com todo o prazer.

— Cala a boca, espiga de milho, vai tomar banho por que seu pai só foi levar a mãe no trabalho e não vai demorar pra ele te buscar para sair e nem banho você tomou.

Se a mãe de Aaron saiu para trabalhar e o Rodrigo vai sair com Ayla, isso significa que… ah não! Não há ninguém que nos impeça de nos matar hoje.

Hoje eu cometo um crime!

— Vai viver, Aaron! — Ayla diz e sai.

— Podemos começar a fazer o nosso trabalho?

— Podemos.

De repente a porta é aberta mais uma vez e vejo que é Fernando, e percebo que me esqueci o quanto esse homem é bonito. Nem parece que tem mais de quarenta anos de tão gostoso que é.

— Ayla! — Ele grita olhando alguma coisa no celular.

— Estou indo tomar banho, prometo não demorar.

— Anda logo. Você tem 20 minutos. — Ele coloca o celular e as chaves em um móvel ao lado da porta e finalmente me nota.

— Oi, Anna!

— Opa. Tudo bem?

— Tudo sim. Você estava sumida, resolveu aparecer né?

— Sumi nada.

— Vem aqui em casa mais vezes, seu pai vem aqui de vez em quando, vem com ele qualquer dias desse.

— Pode deixar — continuamos conversando e Aaron se cansou e até se sentou enquanto eu conversava com seu padrasto, o tempo todo ele fazia questão de demonstrar seu desgosto.

Meu vizinho é meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora