Então ele começou a se aproximar mais dos meus lábios, prestes a me beijar.
Meu Deus, eu não acredito que estou prestes a beijar o Aaron, o garoto que me empurrou no lago, que discutiu comigo por que eu vi sua briga com ex-namorada, que eu quase atropelei propositadamente, que eu xinguei até a sétima geração, o garoto que eu cai na porrada em algumas semanas atrás e agora estamos prestes a nos beijar.
O mundo realmente não gira, ele capota.
- Anna Liz, vamos! - Meu pai grita e começo a ouvir passos no corredor.
Imediatamente empurrei a cadeira de Aaron para longe de mim, fazendo ele bater o cotovelo na parede e gemer de dor.
- Foi mal. - me desculpo e coloco a Silvinha do grau no meu colo novamente.
- Ah, você está aí. Vamos. Tchau Aaron! - Ele diz já saindo depois de observar nós dois.
- Tchau.
- Tchau, Aaron. Espero não te ver tão cedo de novo.
- Digo o mesmo para você. Já estou enjoado da sua cara.
- Pelo menos a gente concorda em alguma coisa. - Falo indo em direção à porta.
- Espera! - Ele diz e eu paro na porta e me viro para ele. - Você vai sair com a galera mais tarde?
- Vou. Por que?
- Ótimo, Sugiro que vá de saia. Agora some da minha casa.
- Ah vá tomar no cu, Aaron. - Falei indo embora.
- Quando você está em um quarto com garoto vê se lembra de fechar a porta, Anna Liz. - Meu pai fala quando estamos no elevador.
- Por que raios eu fecharia a porta se a gente só estava conversando?
- Conversando? - Ele pergunta como se fosse piada. - E sobre o que vocês conversavam?
- Sobre a silvinha do grau.
- Silvinha do grau? - Ele pergunta rachando o bico de rir. -inventa outra, Anna.
- É sério, esse é o nome da gata dele.
Fomos embora para casa e assim que abri a porta me arrependi amargamente de ter voltado para casa.
Minha mãe estava fazendo faxina.
- Ainda dá tempo de voltar, ela não nos viu. - Meu pai fala baixinho.
- Apareceram as margaridas. - Ela quase grita. - Na hora de ajudar todo mundo corre, né? E eu tenho que enfio uma tora no meu cu e tenho que fazer tudo sozinha, se eu reclamar eu sou grossa, eu sou escrota, eu sou isso e aquilo, então eu sou mesmo! eu sou a puta que o pariu e o caralho de asas! Ninguém tem coragem de levantar um dedo nessa casa para me ajudar. Ah, e digo mais! O almoço ainda esta para fazer e eu não vou fazer, não casei e tive filhos para ser a empregada da casa não, enquanto um dos dois faz o almoço o outro vai limpar a parte de cima da casa, e eu quero ver essa casa brilhando hoje, entenderam?
Eu e meu pai concordamos com a cabeça, nessas horas é melhor ficar em silêncio para não estressar a fera ainda mais, ou se não ela fala por mais meia hora sem parar.
- Ótimo! Tira as compras do carro para eu organizar elas no armário, Marcos.
Olho para o meu pai e ele está com a cara de quem tomou no cu de várias formas diferentes e seguro a risada, pois rir só pioraria a situação.
- Que cara é essa, Marcos?
A gente não fez compras de mercado.
Minha mãe respirou fundo e disse:
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Meu vizinho é meu inimigo
RomanceAnna Liz, uma jovem que persegue desde a infância um desejo: um intercâmbio para LosAngeles. Com sua melhor amiga ao seu lado, a promessa de uma aventura repleta de descobertas se materializa. Contudo, na trama complexa da vida, um elemento inespera...