CAP 16: Mimada

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Aaron Whitlock

A

gora era o terceiro horário e era educação física. Eu estava quase entrando em colapso com a Valentina ao meu lado. Só estava perto dela por que estava sendo obrigado por Alex e Madu.

Fui tomar água e ela estava enchendo sua garrafa lilás.

Peguei um copo descartável o enchi e bebi minha água.

Quando ela foi fechar a garrafa conseguiu jogar água em mim.

— Foi mal! — ela disse — mas é melhor do que ser arremessada em lago sem saber nadar e se afogar.

— Puta que pariu, garota! — Falei irritado, já estou começando a perder a paciência. — Supera isso, caralho!

Eu não gosto da Valentina, mas me irrita pra caralho ela passar o tempo todo dizendo que não gosta de mim por que simplesmente a joguei em um lago na infância.

— Para com esses argumentos infantis, você tem 17 anos na cara já, você é a porra de uma garotinha mimada pelo papai!

— Olha, eu até posso ser mimada, mas pelo menos sempre tive o meu pai ao meu lado, me dando todo o apoio que eu precisei, e o seu pai? Você cresceu longe dele, passou sua adolescência quase inteira longe dele, só se falavam por celular. Então se ter um pai totalmente presente em minha vida significa que sou mimada, então sou mimada sim.

— Sabe, Valentina, você tem que parar com essa sua mania de achar que sabe de tudo, você não é diferente das outras garotas, aposto que você é do tipo que sempre foge dos problemas e vai chorar no colo da mamãe enquanto o papai dá um jeito de resolver todos seus problemas fúteis de garota riquinha.

Acho que acertei o ponto fraco dela, pois ela me encarou com os olhos levemente marejados e arregalados.

— Vocês homens realmente são todos iguais.

— Aí! Como eu estou ofendido. Às vezes você me enoja com essas atitudes, Valentina.

Ela tem uma alta capacidade de me deixar irritado, o problema é que quando estou irritado acabo falando coisas que não deveria.

— Interessante, não sabia que rato vomitava. Olha, não é por nada não, mas se eu fosse você olhava para os dois lados antes de atravessar a rua. — disse e saiu.

ANNA LIZ VALENTINA

Ok, talvez Aaron tenha conseguido me atingir um pouquinho com as palavras dele.

Ele usou palavras idênticas ao que meu ex usou, só faltou dizer que eu era inútil e que era uma puta, por que se ele falasse isso eu chorava.

E para ajudar sou obrigada a olhar na cara da Rafaela, atual e corna do meu ex, Marcus.

Ele ficava enquanto a gente namorava, e a gente ainda éramos amigas. Eu era muito burra e fácil de manipular.

E isso me deixa muito puta, e nunca mais vou gostar de alguém novamente, por que não acredito mais em amor e sei que se algum dia sentir borboletas no estômago por alguém eu devo correr, borboletas no estômago significa que há algo errado, devo me sentir segura, não com medo.

════════ ◖◍◗ ════════

— Bora comer, poste desnutrido. — Digo após dar uma batida na porta do quarto do meu irmão.

— Quero não, foi você quem cozinhou.

— Quer sim, é strogonoff.

— Não, vai que tem veneno lá.

— Gabriel Oliveira Riley, você vai comer.

— Não vou.

— ah é?

Fui em direção a cama dele em que ele estava deitado e peguei uma perna dele e puxei.

Ele deu um grito com a voz parecida com a de uma menina de cinco anos que me fez rir.

— Ou vai por bem ou vai por mal. —  Falei puxando a perna dele mais uma vez.

Agora já não possuo nem a metade da força da primeira vez que puxei a perna dele por estar rindo.

Quando percebi que ele não saia do lugar meti um tapa na coxa dele.

— Aí! Desgraçada! — Ele me xingou rindo.

— Bora meu filho! Tá achando que tenho a noite toda?!

— Não vou! Ô mãe! A Anna quer me envenenar! — Ele grita e eu dou outro tapa nele.

— Filha da puta! — Ele diz devolvendo o tapa e rindo.

Eu segurei um grito, sentindo meu braço ardendo. Tive que rir para não chorar.

— Onde eu acertei? Por que onde eu errei tá nítido. — ouço meu pai falar.

Me viro e vejo meu pai parado na porta de braços cruzados.

— Pai, faz ele ir jantar. — falo.

— Bora moleque. — Meu pai disse e foi em direção a ele pegando ele como um saco de batatas.

Ri da cara dele e fui logo atrás mostrando a língua pra ele quando ele me olhou, ele me mostrou o dedo do meio me fazendo rir ainda mais.

CONTINUA...

Cap pequeno pq tve pouco tempo p escrever.

Meu vizinho é meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora