CAP 39: BEIJA!

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Nos separamos por falta de ar, encostamos nossas testas e ficamos em silêncio enquanto minhas mãos estavam na sua cintura.

— Eu não acredito que eu beijei você. E o pior foi que eu gostei. — Ela falou e eu permaneci em silêncio.

E não foi só você quem gostou, eu também gostei para caralho.

— Você é a maior loucura em que eu já me meti — Ela fala.

— E você a minha maior falta de juízo. — Respondo.

Quando estou perto dela não consigo raciocinar direito, todos meus pensamentos são direcionados a ela, algo me diz com ela e a mesma coisa, estamos ligados de um jeito que não compreendo ainda, mas de alguma forma eu adoro isso.

Eu seguro seu rosto, observando cada detalhe dela. Essa garota é espetacular.

— Se quer me beijar, faça logo, antes que eu mude de ideia. E só para esclarecer será a última vez que você me beija.

Ambos sabemos que o que ela disse era mentira, mas se acha que será assim eu a deixarei acreditar.

A puxei e a beijei pela "última vez", nossas línguas encaixaram perfeitamente, o beijo era calmo e gostoso, meus dedos puxavam levemente seu cabelo que a esta altura já estava emaranhado e com alguns cachos se desfazendo. Nossas respirações já estavam ofegantes mas eu não queria parar o beijo agora, só Deus sabe quando a terei para mim novamente, eu realmente adoraria que fosse em breve.

Depois de ter provado do beijo dela não sei se serei capaz de ficar muito tempo sem repetir a dose. Ela é viciante como uma droga. E eu viciei apenas experimentando a primeira dose.

Nos separamos e eu já ansiava por mais, mas me contive e apenas beijei sua testa.

— Nossos amigos já devem estar sentindo nossa falta. — Ela fala um pouco ofegante. — Melhor a gente voltar.

Passei meu braço ao redor de seus ombros enquanto voltávamos.

— Para, a última coisa que quero é que nossos amigos veja você tão próximo a mim. — Ela disse tirando meu braço.

— Nossos amigos estão bêbados demais para se lembrarem de algo amanhã, os únicos sóbrios do grupo são eu e você, então não precisa de surto, querida. — Falei passando meu braço pelo seu ombro novamente.

Dessa vez ela deixou.

Nos aproximamos de Alex e Madu que estavam abraçados, ele nos olhou e conteve um sorriso, ele sabia exatamente dos meus planos com ela essa noite. Já Madu nos olhou um pouco surpresa e olhou para Madu com um olhar que só as duas entendem.

De repente nossos amigos voltaram com garrafas de bebidas alcoólicas, rindo e dançando nos contaminando com a energia animada deles. Passamos o restante da noite naquela energia animada.

Mais tarde fomos deixar avenidas em casa, pois a essa hora era perigoso elas voltarem sozinhas.

— Aí eu virei para ela e falei: você não consegue enxergar que eu amo você? E ela simplesmente começou a contar até dez. — Arthur desabafa sobre sua vida amorosa e a gente começa a rir.

— Mas tu é burro cara, tu se envolve com a mina que é cega e solta uma dessa. — Igor fala rindo.

— Sempre que eu me sentir lerda irei me lembrar de você, Arthur. — Valentina fala.

— Mas eu amo ela gente, ela é complicada mas eu amo ela. — Arthur fala quase chorando.

— O álcool quando não mata ele humilha a pessoa. — Falo.

Meu vizinho é meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora