CAP 28: Ayrton Senna

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AARON WHITLOCK

— Olá, irmão! — Minha irmã diz invadindo meu quarto.

— O que foi? — Pergunto voltando a minha atenção para o celular.

— Hoje é noite de pizzas e salgados, e a gente tem que fazer a pizza.

— Tá Bom. Vai pegando os ingredientes que já estou indo.

Eu realmente adoro cozinhar, e se tem uma coisa que eu amo muito é quando fazemos a noite da pizza e salgados, quando cozinhamos todos juntos e nos sentamos no sofá, nos empanturramos de comida enquanto assistimos algo.

Deixo o celular de lado e vou para a cozinha, no caminho encontro minha irmã parada no meio da sala com o celular na mão, apoiada no cabo da vassoura.

Ela estava rindo de algo, o que é suspeito, minha irmã não é de ficar cheia de risinhos com o celular na mão. Me aproximo dela silenciosamente, mas não consigo ver muita coisa antes que ela perceba. Mas consigo notar um coração no nome do contato.

— O que você viu? — Ela se apressou em perguntar.

— Vou contar ao seu pai — Nesse momento seus olhos se arregalaram — Relaxa, espiga de milho, não vou falar nada.

— Valeu!

Eu não vi nada no celular dela, mas confio na minha irmã e sei que ela não deve estar fazendo nada de errado, mas não irei perder a oportunidade de fazer uma chantagem com ela.

Fomos fazer o jantar e Ayla teve a brilhante ideia de colocar funks de sua playlist para ver a reação de Fernando.

— Então pai, essa música é um hino. Todo jovem que se preze a conhece — Ela diz.

— Então eu  conheço, afinal sou muito jovem.

— Jovem idoso? — Ela pergunta e sou obrigado a segurar a risada.

Fernando odeia ser chamado de velho, e costumamos fazer isso para irritá-lo, por mais que ele aparente ser bem mais jovem do que é.

— Quer ser deserdada?

— Não.

— Coloca a música logo — Ele fala — Tenho certeza que eu vou curtir.

Então Ayla colocou a música. No início ele começou a dançar e disse que o toque da música era muito legal, mas após a primeira frase da música ser dita ele parou pasmo em total choque.

— Vocês escutam essas putarias mesmo?

— É a geração, pai.

— Nossa, que porcaria — ela fala cruzando os braços e ouvindo a música.

— Vou colocar outra — Ela fala.

— Daí já está mais legalzinha — Ele fala e se arrepende segundos depois. — Puta merda, Ayla, vocês ouvem isso mesmo?

— Por que, não gostou?

— Isso é uma merda, Ayla.

— Calma, a próxima você vai gostar. — Ela diz e troca a música.

— Ah, gostei, mas não está parecendo funk não. Finalmente vocês estão ouvindo algo que pres- — Ele se calou quando ouviu o que a música dizia.

Ayla já estava na sala, bem longe dele e rindo. Ele simplesmente jogou seu chinelo nela.

— Errou! — Ela debochou rindo.

— Desliga essa merda! — Ele disse jogando o outro chinelo.

— Errou de novo! — Ela gritou quando desviou do chinelo.

— Toma o meu — Entreguei meu chinelo a ele.

Ele logo lançou o chinelo, ela foi rápida o suficiente e conseguiu colocar a almofada na frente.
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Eu já havia me deitado quando recebi uma mensagem de um número desconhecido, quando fui investigar o perfil percebi que era Anna Liz.

Percebi que conheço ela a quase um ano e convivo com ela quase todos os dias e até hoje nunca havia nem se quer entrado em qualquer rede social dela.

Perguntei o que ela queria e aproveitei para a stalkiar, não foi difícil achar suas redes sociais, o Instagram dela era todo organizado, e em tons de lilás, tenho quase certeza que essa é sua cor favorita. Ela realmente é muito linda e ela sabe disso, e garota sabe como tirar uma foto que realmente a valorize.

Em algumas fotos não pude deixar de notar o quanto ela é atraente, ela é magra, quando estava no intercâmbio ela emagreceu bastante, eu notei que isso afetou um pouco sua alto-estima, ela recuperou um pouco do seu peso, e o que dava o toque especial nela era sua cintura, que para mim a deixava mais atraente.

Caralho, eu passaria horas admirando essa mulher, por que além de ser linda, ela tem uma perspectiva de futuro e sempre se destaca em qualquer coisa que ela faça.

Uma mensagem dela chegou no meu celular, ela queria saber se havia deixado seus fones na minha casa. Eu respondi que sim e ela perguntou se ela poderia buscá-lo, eu respondi que sim, apesar de não gostar da ideia de ter que sair da minha cama.

Combinei de entregar para ela na entrada do meu condomínio, então desci e fiquei esperando ela.

Quando uma evoque preta se aproximou em alta direção soube que era ela, até por que ela já quase me atropelou com esse carro e também eu soube que ela sempre dirige feito uma louca.

Ela parou o carro e abriu a janela, eu me aproximei e me apoiei na janela,quando a olhei percebi que ela estava linda, com o cabelo preso com alguns fios soltos, ela usava seus óculos e vestia um baby doll lilás com estampa de florzinha, ela parecia preparada para dormir.

— Essa sua síndrome de Airton Senna ainda vai te matar — É a primeira coisa que falo.

CONTINUA...
voltei! sentiram minha falta?

Meu vizinho é meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora