CAP 26: Mercado

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Mal entrei em casa e meu pai me chamou para ir ao supermercado com ele, antes de ir eu só troquei meu baby doll por um short jeans preto, e uma camisa de time branca do Brasil que peguei do meu irmão e saímos no tiggo 8 da minha mãe.

O supermercado em que íamos era ao lado onde Aaron morava, e tinha grandes chances de eu encontrá-lo por lá novamente.

Mal entramos no carro e já ligamos o som, colocando conspiração de tribo da periferia para tocar. Meu pai e eu simplesmente amamos músicas da tribo da periferia, Hungria e outros. Eu comecei a cantarolar a música baixinho.

— Como está indo a escola?  — meu pai pergunta.

— Normal, eu fechei a prova de inglês, tirei 9,8 em história, aí hoje fiz o trabalho de matemática financeira com Aaron e acho que a gente vai tirar uma boa nota, por mais que eu não goste de fazer o trabalho com ele, ele se dedica muito nos estudos.

— Você fala sobre suas notas como se tivesse tirado a média, na minha época eu não era tão aplicado que nem você, ainda bem que você puxou a sua mãe. E por que você odeia tanto o Aaron?

— Por que sim.

— Isso não é resposta. Você sabe que eu odiava sua mãe e vice versa, todo aquele ódio resultou em um casamento e dois filhos.

— Eu sei.

— Mudando de assunto, já sabe qual faculdade quer fazer?

— Não sei, só sei que quero uma faculdade de humanas, detesto qualquer coisa que envolva matemática. Não posso só ser herdeira não?

— Não, eu não morri ainda, e você precisa conquistar aquilo que você quer. Nossa família não é tão rica assim.

Ele estacionou o carro e descemos quando eu ia atravessar a rua ele me parou.

— Dá a patinha, por que se não você atravessa a rua como se fosse imortal.

— Eles não são doidos, eles estão me vendo.

— E é assim que você é atropelada a qualquer hora, pequena.

— Não precisa ressaltar que sou pequena, até porque qualquer um vira um anão perto de você.

— Ter quase dois metros de altura não é para qualquer um — Ele fala orgulhoso, como se parecer com um poste musculoso fosse motivo de orgulho.

Se bem que meu pai é gatão, então acho que é sim motivo de orgulho. A parte ruim disso é quando perguntam se sou a namorada dele, é raro, mas acontece sempre e sempre é constrangedor.

Pegamos um carrinho e entramos no mercadinho e ele pega o celular pra ver o que compraremos.

— Qual o primeiro da lista? — Pergunto.

— Absorvente, o motivo que eu te trouxe. Toda vez que sua mãe me manda comprar, nunca é o mesmo. Eu amo ela, mas ela ainda vai me deixar louco.

— Vou pegar do que eu uso, ela que lute.

Peguei alguns e joguei no carrinho.

— Próximo item?

Ele ditava os itens e empurrava o carrinho enquanto eu ia pegando os itens e colocando todos de forma organizada no carrinho.

— Vamos fazer um agrado para a mãe, já que ela está de TPM?

— Você quer dizer agrado a você, né?

— Claro, eu também vou querer. Vamos para a parte de doces.

Peguei chocolates, quatro caixas de bombons para cada um da casa, e vários salgadinhos diferentes. Logo em seguida levamos tudo para o caixa.

Meu vizinho é meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora