Rebel Heart

Hollywood

O relógio marcava 2 da manhã quando Regina abriu os olhos assustada ouvindo o grito de Emma ao seu lado na cama.

- Meu Deus!

Aquele som desorientado e ofegante veio ao mesmo tempo que a loira sentou-se na cama de uma vez.

- Emma! - a morena mais do que depressa a abraçou tentando acalmá-la - ... Foi um pesadelo, meu amor... - acariciou os cabelos loiros e beijou-lhe a fronte - ... Vem... - com cuidado Regina a abraçou, deitaram-se devagar e puxou Emma para si colocando-a nos braços aconchegada.

- Que sensação ruim... - sussurrou Emma ainda com a respiração enfraquecida.

- O que era? - perguntou a escritora com calma acariciando seus cabelos, mas Emma encolheu os ombros.

- Eu não consigo me lembrar de imagem alguma... Coisas desconexas, pessoas... - a loira tinha a voz temerosa e um pouco chorosa, isso causava receio em Regina e continuava atenta - ... Só essa sensação ruim de susto, entende?!... C-como se algo ruim fosse acontecer... - apertou-se nos braços da noiva e fechou os olhos.

- Já passou... - a noiva tentou acalmá-la dando-lhe mais um beijo na fronte e outro carinho no rosto - Tente dormir... - sussurrou mais próxima do ouvido da loira - Eu vou estar bem aqui! - sorriu dando-lhe segurança.

Ela manteve-se acordada enquanto sentia Emma acalmar-se aos poucos entre seus braços. Regina estava pensativa naquela madruga, indagava-se sobre todas as pressões que recaíam sobre os ombros da noiva e compreendia que seu sono não seria mesmo tão tranquilo durante aquelas noites.

Quando percebeu que, enfim, a loira pegou novamente no sono, colocou-se novamente deitada com todo cuidado ao lado de Emma e pode dormir novamente, ela também precisava descansar para permanecer firme ao lado dela.

A sombra daquela noite ruim ficou apenas na lembrança de Emma por alguns dias.

Ela precisava estar bem para encarar a semana que a consumiria mais do que horas em estúdio, mais do que atenção à frente de um microfone ou horas ouvindo acordes, harmonia, sons e métricas.

- É a Madonna!

- Eu vou ter que ouvir essa frase por quantas vezes até o fim dia?!

Úrsula fez aquela pergunta diretamente para Samdi depois que Emma exclamou a plenos pulmões o motivo maior da sua ansiedade.

Baron posicionado à mesa principal da biblioteca da mansão, observava o rosto desgostoso de Úrsula sentada frente a frente com Emma enquanto os três aguardavam Ruby e Belle chegarem para darem início a uma reunião de negócios após um almoço na mansão, uma pequena despedida antes que a loira partisse para Nova Iorque.

A produtora encarava Emma em silêncio notando as expressões afobadas e ansiosas.

- Está me deixando mais nervosa... - o tom baixo e cansado de Swan evidenciava que sua luta contra a ansiedade era perdida, sabia que Dungey tiraria todo o proveito daquela situação.

- Não sou eu, Emma... É você mesma! - rebateu a mulher - Estamos só nós três aqui, porque não começa do início?!... - olhou para o relógio sobre a mesa - Já perdeu meia hora... - encarou novamente a loira e cruzou os braços.

Emma enrubesceu e baixou os olhos.

- Querem que eu saia?

- Não! - respondeu Dungey de imediato - Está nisso até o pescoço e não precisamos de reservas, não é? - voltou-se para a loira e piscou.

Swan remexeu-se na cadeira e cruzou as pernas ficando de forma mais confortável para depois inclinar-se para frente na direção da mulher.

- Ok, Úrsula... - sorriu cruzando as mãos sobre um dos joelhos - Você é esperta e não precisa de muitas explicações... - deu de ombros - Então, não fica tão difícil para explicar o que estou dando voltas para dizer...