Rebel Heart

Bad Girl

*** AVISO IMPORTANTE!!! ***
Esse capítulo contém narrativa sobre abuso psicológico dentro do relacionamento de Emma e pode causar desconforto, portanto, cuidado com os possíveis gatilhos! Caso não se sintam bem em ter contato com isso, a cena acontece durante o café da manhã entre Emma e Regina e podem evitá-lo indo para a cena final, quando Ruby chega no quarto.
Deixei uma marca de onde começa e onde termina a cena toda ( ---x--- )

Regina não esperava um final de festa tão conturbado só pelo fato de ter Emma bêbada pela casa por conta de um motivo ainda desconhecido para ela. A morena apenas sabia o que Ruby havia contado. Então, a senhorita Swan tinha uma ex-namorada complicada! Para Regina a loira era cada vez mais próxima dela, agora com algo desagradável que tinham em comum.

A morena ainda circulou pela festa durante um tempo observando Emma de longe. Ruby tratou de conversar com as outras pessoas e viu também Baron transitando de um lado para o outro tentando mostrar que estava tudo bem. Logo Úrsula aproximou-se de Emma e ela lembrou-se da frase "Não faça nenhuma besteira". Emma até poderia estar cansada de ouvir aquilo, mas era um bom conselho diante do estado em que estava.

Não demorou muito para que a escritora seguisse as orientações de Ruby. Entrou na casa de forma a não ser notada e nem foi preciso muito esforço. Subiu as escadas atenta ao movimento do andar de baixo para que Baron não a visse. Àquela altura a secretária já havia dado ordens a Marco para dizer ao empresário que tinha levado Regina de volta ao hotel e ficaria tudo bem.

O que Samdi menos gostaria era de outro problema com Emma e o que a presença de Regina naquela casa poderia causar. E ele certificou-se que a escritora tinha ido embora perguntando para Ruby algum tempo depois que não viu Regina circular mais pelo jardim da festa.

Quanto à Emma, estava se acabando na pista de dança e foi assim até a última música que o DJ tocou. Mary e Jeff ficaram ao seu lado todo o tempo garantindo que ela não ingerisse mais álcool e Anna, uma das bailarinas, tratou de servir água para a loira como desculpa para que se hidratasse enquanto dançava.

No segundo piso da mansão, a escritora teve um pouco de dificuldade em encontrar o quarto de Emma, mas logo notou que não poderia ser outro a não ser aquele maior onde haviam roupas espalhadas pelo closet o perfume característico dela impregnando todo o lugar. Era mais bonito que a suíte do hotel, isso Regina reparou durante o tempo que ficou à espera de um sinal de Ruby. Sentou-se na cama e observou ao redor. Era mesmo um cenário tão luxuoso, mas tristonho. Emma estava lá em baixo completamente descontrolada por alguém que talvez não merecesse tanta atenção assim. Havia estragado uma noite importante para ela.

Pensou na sua própria vida e o que Elsa representava nela. Ainda não havia esquecido a ex-namorada, assim como Emma também parecia não ter esquecido da sua. Avaliava o quanto teria coragem para encarar Elsa quando chegasse a hora, pois de alguma forma Regina ainda se sentia atraída e ligada aquela mulher, enquanto estava em Los Angeles, não saberia dizer como seria a semana em que estivesse em São Francisco novamente.

Sentiu medo por estar naquela casa enorme cuja dona estava fora de si, esperava que Ruby permanecesse ali com ela ou não pensaria duas vezes em pedir ao motorista para levá-la de volta ao hotel ou até um táxi que fosse. Sozinha com Emma ela não passaria a noite. Lembrou-se da secretária dizendo ter medo que a loira não amanhecesse e isso trouxe infinitas possibilidades na cabeça criativa de Regina.

Ela olhou para si mesma e riu. Não tinha nada para se trocar. Todos os Bloody Mary que bebeu nem tinham causado efeito, o susto com o destempero de Emma levou a leve embriaguez para longe e agora ela só queria um pijama confortável para vestir.