[POV ZABINI]
Malfoy e eu provavelmente daríamos conta de aparatar com todo mundo direto para Nurmengard, mas achamos mais prudente não fazer isso e preservar o máximo possível de poder mágico. Por isso, aparatamos até a Mansão dos Malfoy em Paris, que mais uma vez estava vazia por ordem de Draco, e depois disso aparatamos para a Suíça. Se meu melhor amigo estava nervoso ou apreensivo, eu não tinha como saber, ele era uma máscara inquebrável de frieza.
Aparecemos nas montanhas, no limite da cidade de Davos, para não ativar os alertas na cidade de Karkaroff. Depois disso, Pansy veio para meu lado, e Draco segurou Astoria e Mattheo quando nós nos transformamos em fumaça para aparatar diretamente dentro do castelo antigo. Ainda era uma herança do poder de Voldemort, uma maldição associada à marca negra, que permitia nós dois penetrarmos quaisquer defesas mágicas existentes. Mesmo depois de anos, eu ainda não compreendia o feitiço que tinha sido usado pra permitir essa, entre outras, alterações em nosso corpo. Mas era um fato que Malfoy e eu havíamos sido mudados para sempre.
Quando entramos em Nurmengard causando uma cena dramática, o silêncio recaiu sob os presentes. Dessa vez, não precisávamos de chave de portal, nós sabíamos exatamente para onde estávamos indo. E não teríamos enigmas para resolver ou tributos para oferecer. Éramos esperados e estávamos entrando no covil de Karkaroff como convidados de honra.
Mesmo assim, não pude deixar um leve sorriso se espalhar pelos meus lábios quando senti o medo e apreensão dos homens de Igor quando nós surgimos no salão.
Malfoy e eu rodamos como fumaça por alguns instantes, fazendo parecer que não somente eu e ele, mas todos nós tínhamos essa habilidade, e quando a fumaça se dissipou, nós assumimos a posição estrategicamente planejada. Malfoy e Astoria mais em frente como os líderes, Pansy, Mattheo e eu apenas um passo mais atrás. Vi Draco percorrer os olhos pelo salão em dois segundos enquanto Karkaroff se recompunha e nos dava boas vindas.
- Bem vindos, bem vindos!
Eu fiz uma careta involuntária de nojo ao perceber seu tom leve e descontraído, como se nós sentíssemos algum tipo de prazer em estar em sua companhia. Igor se aproximou o máximo que seu medo permitiu, o que ainda era vários passos distante de Draco, e seus olhos brilharam para Astoria. Se ela fosse mesmo a Fawley, Malfoy o teria amaldiçoado bem ali só pelo olhar que ele não conseguiu esconder.
- Senhora Malfoy, que honra! Devo dizer que é ainda mais deslumbrante do que ousei imaginar.
Ele abriu um sorriso que mostrou seus dentes podres, e eu me movimentei, pronto para interromper caso Malfoy decidisse avançar nele. Meu papel era agir propositalmente preocupado com o temperamento de Draco o tempo todo, como se ele fosse maníaco e perigoso, e eu precisasse o manter sob controle.
No fundo, não era uma mentira tão grande assim.
Mas Draco permaneceu em silêncio quando Astoria deu um passo a frente, com o queixo erguido e a coroa da Fawley brilhando majestosa em sua cabeça. Eu estava preocupado com ela, mas Greengrass estava cumprindo o seu papel de uma forma impressionante. Ela encarou Karkaroff com visível desprezo, e quando falou, eu quase podia ouvir a voz fria da Fawley que ela só usava em raras ocasiões.
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SPIN OFF UF: O fim da história
FanfictionA história da Elite da Sonserina, iniciada lá em Universo Fawley (Somos só amigos) finalmente chegou ao fim. Nesse livro extra, você vai ler o futuro dos personagens de UF, entender como seus dilemas os acompanharam até a vida adulta e participar de...