Facilmente dificil

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Sophia voltara para sua residência em lagrimas, as lembranças de Cloe voltaram com tudo e insistiam em martelar em sua mente. Chegou em sua casa, manobrou o carro para estacionar dentro da garagem e após isso entrou em seu domicilio a passos largos. Foi ate a dispensa em que guardava os objetos pessoais de Cloe, incluindo álbuns de fotos. Pegou o objeto em sua mão, virando pagina por pagina relembrou de cada momento em que estiveram juntas. Sua falecida esposa era belíssima, um rosto encantador e uma voz suave que parecia o soar dos anjos.

Ao virar o rosto para observar melhor o interior daquela dispensa, encontrou outros objetos que Cloe utilizava para sua obras. Algumas massas de argilas dentro de um plásticos ainda estavam ali, e uma mini escultura que ainda não havia sido acabada. Fazia muito tempo que Sophia não havia entrado naquele local, não tinha coragem de faze-lo antes. Passou a mão em uma das instante e sacudiu a camada de poeira que ficou impregnada em seus dedos. Ao longe, perto de uma caixas de ferramentas de esculturas estava estendido um avental com umas luvas de pano em um cabide. Sophia se aproximou e pegou esses em suas mãos, Cloe utilizava essas vestimentas toda vez que preparava suas esculturas. Sophia levou esses em seu rosto, apesar de empoeirados ainda tinha um pequeno fragmento do perfume de sua amada, abraçou-os e se ajoelhou no centro daquele quarto deixando as lembranças se esvaziarem de sua mente.

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O sol já estava alto naquele começo de tarde, furando algumas nuvens e penetrando nas frestas da janela. Maria ainda estava dormindo, precisava se recuperar fisicamente, tanto pela cirurgia quanto pelo esgotamento. Espalhada na cama de casal do Hotel dormia profundamente naquele aconchegante ambiente escuro.

Demorou inclusive para perceber o toque de telefone que repetia varias vezes ao seu lado. Acordou olhando em volta, tentando retornar a realidade e estendeu o braço para pegar o telefone:

–Alo?

– Bom dia. Você dormiu bem? – Era Sophia perguntando do outro lado da linha

– Bom dia Dra. Eu tive um sono bastante pesado, acordei agora a pouco – Maria olhou a hora do telefone e levou um susto por já ter passado de meio dia.

– Desculpe-me eu te acordei?

– Não, não! Eu já tinha que levantar mesmo, já estava mais que na hora.

– Alguns dos remédios que lhe receitei é um calmante, isso é para lhe ajudar a dormir melhor a noite. E também é bom para a sua recuperação. Alias, você esta tomou eles certinho e esta passando o creme?

– Sim eu estou. Vou tomar daqui a pouco depois de comer alguma coisa – Maria foi ate a janela e a abriu, ficou um tempo ali observando a rua enquanto conversava com Sophia.

– Maria, você ira para a sua casa hoje? Acha mesmo que e seguro ir ate lá? – A voz de preocupação de Sophia deixou de ser percebida na chamada.

– Sim, eu irei, mas antes disso vou ficar um bom tempo analisando o local. Não vi nada de estranho, acho que ela desistiu de me procurar por aqui ou ate mesmo não conseguiu saber exatamente a minha residência, mesmo assim irei com cuidado.

–Quer que eu lhe acompanhe? Podemos almoçar juntas e depois ir ate lá...

– Tudo bem Dra. não se preocupe, eu já passei por isso muitas vezes, sei me cuidar.

– Esta bem então, qualquer coisa me ligue – Avisou Sophia com uma voz um pouco desapontada.

– Sim pode deixar, obrigada por tudo. – Disse Maria desligando o telefone.

Foi ate a mesinha e abriu um salgadinho que estava ali. Retornou ate a janela e ficou alguns minutos olhando cada detalhe da rua. Conseguia ver o fim dela no topo daquela subida que dava para uma montanha. La em cima passava uma rodovia, não tinha como observar ate lá, sua visão era limitada.

Chamas e Espinhos (ROMANCE LÉSBICO)Onde histórias criam vida. Descubra agora