Labirinto

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Nicole não se importou de seu casaco estava encharcado pelas grossas lagrimas de Sophia. Apenas deixou a ruiva repousada em seu ombro e sem perceber deixou a sua mão direita deslizar pelas costas dela ate chegar na parte traseira de sua cabeça, fez um leve carinho nos fios curtos da outra e ficou por um bom tempo fazendo esse ato ate que a mesma percebendo o embaraço se afastasse.

Desculpe! – Sophia se afastou repetidamente e segue em direção a sua mesa para tirar alguns lenços que estavam em sua gaveta, enxuga as suas lagrimas e ajeita um pouco o seus cabelos que continha pequenas ondas.

Maria esta bem ou não? – Nicole retornou a sua voz seca e observa a mulher menor a sua frente repousando na cadeira e levando uma mão a cabeça como se estivesse cansada.

Sim ela ficara bem! A cirurgia não era nada e sedei ela para que não percebesse o que havia sido feito, como você havia me pedido. – Na ultima frase, Sophia levanta o seu olhar para lançar uma leve expressão de raiva em direção a Nicole. – Você é uma escrota! Pelo menos poupe Maria de suas agressões!

O que acontece entre nos não é da sua conta, alias. – Nicole desviou o olhar para uma estande de livros e pausou um pouco a sua fala antes de continuar. – Eu não sei se quem eu trouxe, e se realmente ela é a minha esposa. – Apenas disse isso em voz baixa e foi se sentar novamente no sofá que ficava em frente a mesa de Sophia.

O que quer dizer?

Quero dizer que ela esta estranha, eu não sei se ela esta me escondendo algo ou ainda esta traumatizada com o que aconteceu com ela. – Nicole joga o seu corpo para frente e fita Sophia curiosa com a resposta que ela iria dar.

Obvio que ela esta traumatizada! E você esta ajudando muito piorando as coisas para ela – A ruiva bufou e ficou contando os minutos no relógio esperando a hora que a paciente acordasse para que Nicole sumisse de sua vista.

Eu sei... – A morena baixa o olhar e deixou transparecer a sua vergonha. Em seguida, tira de dentro de sua bolsa um objeto que estava dentro da caixa preta que havia entregado a Sophia alguns minutos antes. Tirou o seu micro computador portátil da bolsa ao qual carregava, e anexou o objeto que se assemelhava um pendrive na entrada USB do computador. Abriu um programa especifico que já estava instalado nesse, e foi em opções de mapa e rastreamento, não demorou muito para a localização exata do pequeno chip aparecer no mapa a sua frente, e a localização não podia ser diferente, alguns metros longe dela. Nicole gastou uma pequena fortuna comprando aquela tecnologia e pelo visto valeu a pena, porque além de ser bem preciso não causava danos ao hospedeiro.

Depois disso as duas ficaram em silencio por algum instantes, ou melhor mais de meia hora, e Sophia fingia que Nicole não estava em sua presença, mesmo ela estando praticamente quase deitada no sofá em frente a sua vista. Enquanto se distraia com as simulações das cirurgias futuras, finalmente o enfermeiro apareceu dando abertura a Maria que já estava de roupa trocada, para que a mesma entrasse no local. Assim que o rapaz fecha a porta, a mulher dos olhos âmbar deixa transparecer um semblante estranho, e isso não passou despercebido por Sophia, que conhecia muito bem identificar os micros comportamentos soltos involuntariamente pelos seus pacientes.

Nicole se levanta do sofá e vai em direção a ela para fita-la em seus olhos, percebeu que a mesma estava bem, apenas um pouco sonolenta, toma as mãos dela e se vira para Sophia em seguida.

Obrigada pelos seus serviços. – Nicole lança um olhar de cumplicidade de volta para ruiva e em sai da sala sem esperar a resposta da outra que segue as duas com o olhar, especificamente a garota menor, que sim, estava claramente estranha.

Chamas e Espinhos (ROMANCE LÉSBICO)Onde histórias criam vida. Descubra agora