Chamas e Espinhos (ROMANCE LÉSBICO)

Hora de crescer!

Maria estava inerte enquanto Vanoska a tocava, odiava a si mesmo por não conseguir reagir e muito menos defender sua honra. Vanoska estava usando um longo vestido branco de seda que vinha ate o tornozelo e este tinha um corte na lateral da perna, vestimento típico de verão e muito fino que dava a ela um ar sensual e inibidor. Do outro lado, Maria estava usando apenas de calça jeans e camiseta branca social de mangas compridas. Mesmo assim, enquanto estava praticamente sentada na perna da russa, Vanoska foi quebrando um por um os botões, deixando a mostra aquele colo franzino e delicado. Maria tentava se mexer, mas suas duas mãos estavam presas para trás, seguradas pelo pulso sob a mão de Vanoska. Esta a beijava de maneira profunda, ate o ar roubava da mulher menor. Maria sabia que algo muito pior iria acontecer se não fizesse nada, mas acontecer o que? Nem ela mesmo sabia, seu corpo não reagia, e por quê não reagia? Por que era sempre assim?

Vanoska finalmente para de beijar e olha em seus olhos que estavam com a pupila delatada. Da um sorriso maldoso com um ar sarcástico e comenta:

– Você é mesmo uma safadinha hein? – Fala aquilo e a joga deitada na própria mesa em cima dos documentos, fazendo vários desses caírem no chão.

Maria olhou para o teto por alguns instantes tentando retomar um pouco da consciência e Vanoska a domina com uma estranha dominação suave, beijando o seu pescoço, colo e ombro que estavam a mostra. Se antes não conseguia se mexer, agora muito menos, pois estava deitada na mesa enquanto a russa estava sobre ela bloqueando suas pernas na lateral da mesa. Maria não conseguiu ter outra reação a não ser chorar, vários fleches de memoria começaram a passar pela sua cabeça de uma só vez, Vanoska era praticamente a Nicole na versão loira, era bela, charmosa, personalidade forte, e usavam o mesmo perfume e tinham o mesmo tipo de toque. Seus músculos não reagiam e sabia do porquê, era mais um daqueles ataques de pânico que estava tendo. Sim, era um ataque de pânico, acompanhavam de sintomas como: palpitação, tontura, medo extremo, tremores no corpo, palidez, formigamento em todos os membros do corpo e uma sensação de que o sangue estava sendo drenado pra fora. Por isso que seu corpo não reagia, não conseguiu superar seus traumas e ainda estava muito longe disso, porem, naquele momento o ataque era o mais forte de que consiga se lembrar.

Vanoska parou imediatamente ao ver que a menor estava chorando compulsivamente, olhou para os olhos de Maria e viu puro medo neles enquanto esses fitavam o teto. Ainda debruçada sobre ela, toca de leve com a mão no rosto da menor, que da um grito alto de desespero em seguida. Vanoska então se afasta e tenta conter com certa dificuldade as mãos de Maria que estavam tremendo sobre a mesa, pois ela estava tentando se auto machucar.

Poucos segundos depois, alguém vem e bate na porta do escritório violentamente, mas ao ver que estava trancada a pessoa simplesmente chuta com toda a força fazendo-o quebrar o trinco e a porta finalmente abriu.

– VANOSKA!!! OQUE VOCE FEZ????!!! – Luiza se aproxima rapidamente e empurra a loira para o lado que quase cai no chão. Esta se levanta e fica imóvel vendo tudo aquilo sem saber direito o que aconteceu.

Pela longa e sofrida experiência de vida que Luiza tinha, sabia muito bem o que estava acontecendo diante de si. Rapidamente, pega Maria em seus braços e apoia ela sentada no sofá enquanto esta se debatia.

– Maria olhe para mim, respire! Sou eu Luiza!! – Luiza coloca as duas mãos em sua face tentando faze-la voltar a consciência, mas em seguida prende as mãos de Maria para evitar que ela se machuque.

Todavia, Maria continuava olhando para o nada e seus olhos estavam turvos e desregulados, estava a pouco para perder a consciência por completo, então Luiza berra para Vanoska que estava parada a poucos metros de si.