Amor e Odio

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  Não se passou nem vinte e quatro horas do sepultamento do coo fundador Hector Barone, e Nicole estava na sede principal da empresa em cima do palco, fazendo um discurso se autoproclamando presidente única, e superior máxima de todas as sedes administrativas da corporação Barone. Enquanto fazia o tal discurso, falava do rumo que a empresa trilhara dai a diante e os novos objetivo que ela traçará. Porem, todos ali tinham um ar preocupado, não que a filha do coo fundador seja uma pessoa incompetente ou algo do tipo, mas as pessoas tinham medo que ela seja pior do que pai fora. Nem as expressões de Nicole deixou de passar despercebidos pelos executivos e diretores. Ela não demostrava nenhuma emoção, nenhum ressentimento pela morte do pai, nem ao menos alguma micro expressão de tristeza. Alguns se perguntaram como era possível ela fazer aquele discurso tão nítido no dia seguinte na morte do pai, como se nada tivesse acontecido. Todavia, os destino da empresa agora estariam nas mãos dela e todos ali presentes sabiam que momentos sombrios iram reinar de agora em diante.

Terminou o discurso e mandara todos voltarem ao trabalho e aguardarem os novas ordens. Desceu do palco e foi em direção a seu escritório, ao entrar, seguiu ate o frigobar e encheu uma pequena taça de malibu. Enquanto saboreava-o, olhou para cidade fora com um sorriso obscuro no rosto. Recebera naquela manha a confirmação do tabelionato que a herança ficara cem por cento em seu nome. Seu Hector deixou a mulher e o filho não legitimo com absolutamente nada, mesmo as leis garantindo que a esposa tem a metade dos direitos, isso não foi aplicado nesse caso. Hector era um fanático por legado, filho de sangue apenas tinha direito, como dirá ele inúmeras vezes. Mesmo assim, Margaret insistiu em ficar do lado dele com uma esperança medíocre de que iria ser afortunada.

Nicole sabia que ela não ia ficar satisfeita em relação aquilo, e também sabia que ela tentaria comprometer a sua vida e jogar baixo, assim como ela. E por falar em Margaret, alguém entra em seu escritório sem nem ao menos bater na porta e arrastando o filho consigo. Nicole nem precisou se virar para ver quem era, apenas ficou encarando-a pelo reflexo do vidro a sua frente.

Eu já tinha arrumado advogados e irei atrás dos meus direito. – Avisou a mulher de idade parando no meio da sala do escritório e encarando suas costas.

Jack estava atrás da mãe de cabeça baixa, realmente aquele rapaz não tinha boca pra nada. Ficara tanto tempo sob a guarda da mãe, que ela ate se esquecia que o filho já estava entrando na fase adulta.

Você? Atrás de que? Não leu o que estava escrito na certidão deixada por ele? Se quiser uma copia esta na mesa a sua frente. – Respondeu ainda encarando-a pelo reflexo do vidro.

Eu já estava preparada pra isso, mas também tinha uma carta na manga. Eu quero cinquenta por cento da empresa e dos capitais! – Margaret joga na mesa alguns papeis que estavam consigo. Ficou calada ate o discurso de Nicole e aproveitou o momento certo para vir avisa-la.

Margaret... – Nicole então se vira para encara-la, mas não se moveu do lugar. – Você realmente acha que isso dará certo? – Soou uma risada malévola de deboche e humilhação. – Eu sei quem você é, sei o que você fez. Não tente me enganar, porque ate agora eu fui educada ate demais contigo. – Margaret entrou na empresa quando era ainda adolescente, começou no almoxarifado, passou para telefonista e em seguida secretaria, subiu aos poucos ate se tornar secretaria pessoal de Hector Barone, estava presente desde quando a corporação de hoje não se passava de uma microempresa regional. Ela deu o sangue pela empresa, mas isso não descarta os trabalhos sujos fizera. Mesmo sabendo que Hector era casado e com filhos, Margaret dava em cima dele como uma verdadeira garota de programa. Hector por outro lado, nunca deu atenção para a secretaria, inclusive a humilhava e ate a agredia algumas vezes. Porem, Margaret não desistia, porque ela tinha objetivos claros que era tomar posse da empresa, e tivera muita sorte pela morte da esposa de Hector e do filho, mas a filha ainda estava lá.

Chamas e Espinhos (ROMANCE LÉSBICO)Onde histórias criam vida. Descubra agora