Sedução maligna

85 9 0
                                    


Sophia acordara naquela manha de domingo com o corpo completamente dolorido. Desde que chegaram ate o resort, ficaram quase o dia inteiro na praia ou passeando de carro pelos pontos turísticos da cidade. A sua pele, assim como o da amada morena, haviam absorvido uma linda cor bronzeada, que realçava a cor de seus olhos. Se levantou devagar e sentou-se na cama, estava exausta, não apenas por causa do clima diferente e a renovadoras energias do mar, mas também, pela intensa noite de amor que teve com Isabel.

Ao pensar nisso olha para o lado, e vê essa dormindo seminua coberta com apenas um fino lençol branco. Seus cabelos longos e morenos estavam esparramados pelo travesseiro e davam a Sophia a visão de uma bela escultura de uma mulher madura. Isabel não era qualquer uma não, tinha que admitir que a amiga tinha um belíssimo corpo, e aqueles seios firmes de tamanhos médio ficavam perfeitos nela. Balançou a cabeça de um lado pro outo, na tentativa de conter aqueles pensamentos maliciosos que tomaram conta de si. A cada dia que se passava sentia uma conexão pela amada aumentar a cada dia, uma conexão diferente, uma ânsia de estar sempre na presença dela, e isso a estava confundindo-a, aquele sentimento poderia ser amor? Talvez um amor diferente, ou talvez apenas um sentimento saudável.

Olhou para o rosto dela e com cuidado deu pequeno selinho em sua bochecha antes de se levantar. Fora ate o telefone, e pediu para o serviço de quarto trazerem o café da manha para elas no quarto. Tinha certeza que pelas condições de Isabel, ela também não estaria disposta para descer ate o restaurante do resort. Tomou um banho rápido e se enrolou em um roupão branco, pôs as suas sandálias e se dirigiu ate a sacada do quarto para admirar aquele incrível mar azul. Uma paisagem fantástica que apenas a ilha da Sicília podia proporcionar. Fechou os olhos para absorver aquele aroma diferente, e mergulhar dentro de seus pensamentos por um instantes. Sentia uma felicidade enorme dentro de seu peito, coisa que não se lembrava da ultima vez que sentia, um sentimento de libertação e ao mesmo tempo um sentimento de ser amada e querida por alguém. Já fazia tempo que a imagem de sua falecida esposa Cloe havia desaparecido de sua cabeça, apesar de não fazer nem se quer um ano que que ela se fora, Sophia não sentia mais aquela conexão que tinha por ela, nem sequer o rosto lembrava direto.

Isso fora um dos motivos que a levara ate ali, por todos esses meses havia evitado ao máximo ver alguma foto de Cloe, e falando a verdade, aquilo estava sendo estranho para ela. Era como se Cloe não havia morrido e estaria agora mesmo em algum lugar por ali. Obviamente que essa sensação estava ligada a algo fora do senso comum, e apenas coisas não naturais poderiam ser explicadas, ou talvez de outra maneira.

Assim que chegasse a tarde, tentaria entrar em contato com Maria. Faz tempo que não via ela e sentia uma vontade de conferir se ela estava bem. As duas conversavam com frequência por telefone, batiam longo papo volta e meia, e esse relacionamento se desenvolveu para um amizade firme. Maria sempre escutava os seus anseios, assim com Sophia escutava as delas. Ficava a par de tudo o que acontecia com a vida da mulher dos olhos âmbar, ou talvez acha que sabia. Tinha coisas que a outra preferia manter em segredo e respeitava a sua decisão.

Estava distraída olhando para baixo, vendo algumas crianças correndo e pulando na piscina, e sentiu um pequeno choque em seu corpo, provocado pelo toque de um par de mãos que e seguida a abraça por trás.

– Um beijo pelo seu pensamento. – Fala Isabel em seu ouvido e a envolvendo com amor e carinho.

– Dormiu bem? – Sophia abraça as suas mãos que estavam ao redor de sua cintura.

– Como um anjo ao lado de uma Deusa. – Apoia o queijo no ombro da menor.

Sophia sorriu e se aconchega melhor nos braços da mulher mais alta, as duas juntas contemplam juntas a paisagem e os cruzeiros que passavam perto costa.

Chamas e Espinhos (ROMANCE LÉSBICO)Onde histórias criam vida. Descubra agora