Chamas e Espinhos (ROMANCE LÉSBICO)

Traumas reveladas

E por fim a mascara se quebrou, Vanoska deixou revelar a ultima camada que escondia a sua verdadeira personalidade, que antes era demostrada em apenas miseras migalhas de fragmentos espalhados como grãos de areias. A mulher que demostrava ser forte e perigosa, deu lugar a uma menina indefesa e assustada. O nível de fragilidade que Maria encontrou diante de seus olhos era tamanha que teve que admitir que um sentimentos novo surgiu dentro de si, e esse sentimento jamais sentiu por outro alguém a não sei a sua própria mãe, sentiu uma vontade imensa de protege-la, não sabia como mas sentia.

Vanoska ainda com um olhar assustado ficou impressionada como a mulher menor a sua frente havia deduzido isso e acertado em um ponto ao qual ela fazia de tudo para esconder a sete chaves dentro de si. A maior parte de seu "currículo" era restrito, e nem membro dos concelho do alto nível sabiam o que ela teve que passar para poder fazer o seu trabalho e ter êxito nas missões ao qual recebia, graças a Deus esse tempo já havia passado e agora ela estava em um nível muito mais acima do que uma simples iniciante, porem, as marcas de suas "conquistas" ainda estavam lá, tanto físico como em seu psicológico, e infelizmente, as inúmeras mascaras que adotou para poder esconder isso não foi o suficiente para a percepção atenta de Maria. A garota dos olhos âmbar era extremante inteligente e esperta, ela sabia muito bem ler as pessoas, e confessa que teve sim muita dificuldade em ler Vanoska, mas graças aos farelos que a mesma deixava escapar aqui e ali, conseguiu montar esse complexo quebra-cabeça e por fim descobriu quem de fato ser a russa a sua frente, e agora estava decidida tirar tudo a limpo, gota por gota de informação ate não sobrar mais nada dela.

– Sempre me perguntei do porquê de ate agora você agia assim. Tirando aquela vez no escritório ao qual você me beijou pela primeira vez, qual seria o motivo de você não querer ir além? Mesmo nós estando "casada" perante você. – Maria retirou as mãos da face dela, mas não deu brecha em sua distancia.

Vanoska ainda estava lá parada a fitando e meio que tentou escapar de uma maneira inútil dos olhares atentos da mesma, porem, isso será difícil agora.

– Do que você esta falando? – A russa se afasta e vai ate a cozinha disfarçar pegando um copo de agua, Maria a segue e para a um metro de suas costas.

– Vanoska não ira adiantar você esconder as coisas de mim! – Mesmo estando diante de uma assassina Maria não sentia mais medo dela, pelo menos não como sentia quando estava diante de Nicole, com a morena, jamais iria ter essa postura para interrogar algo. – O que aconteceu com você? Você tem medo de ser tocada, essa é a verdade, e você tem medo de tocar em mim também. No começo pensei que você estivesse guardando isso para algo especial, mas acontece que esse algo "especial" nunca chega! Não sou eu que não estou preparada e sim você!

– Para de falar nisso! – A russa fecha o cenho e tenta encara-la de maneira superior, mesmo tendo perdido o controle da situação e agora estava exposta.

– Parar de falar? Vanoska o que foi que aconteceu com você? Isso vai aconteceu comigo também no futuro? Eu preciso saber da verdade!

– NAO! Isso jamais ira aconteceu com você! Eu não iria permitir, e pare de falar sobre isso por favor. – Mais uma vez ela tenta se desviar para sair de perto e dessa vez Maria a puxa pelo braço para que a mais alta a encara-se. Vanoska podia simplesmente se desviar e sair, mas a baixinha estava no controle ali. Maria se aproximou e mais uma vez a toca de maneira ousada, e o que viu na expressão da russa, foi um breve semblante de pavor que durou alguns milissegundos antes dela se desviar.

– Você foi abusada não foi?

Vanoska ficou sem saída ali, e aquela pergunta que ela fez a atingiu em cheio, mas sabia que não podia revelar as coisas para ela, tanto para não assusta-la quanto poderia ser punida por ter revelado algo de suas missões passada, por isso, se sentiu que poderia falar, ou melhor se abrir, porem somente o necessário.