Chamas e Espinhos (ROMANCE LÉSBICO)

Vanoska

– Não o force muito, quero que ele sobreviva por mais tempo, ele é a minha garantia caso as coisas derem errado. – Avisa Nicole para um dos chefes da gang de Catania que estava ali presente, e esse afirmou com a cabeça pouco antes da mesma lhe dar as costas e se afastar, indo em direção ao local aonde esta estacionado o carro que a levaria ate a um apartamento alugado que, havia sido preparado por um de seus secretários pessoais.

    Estava caminhando a passos largos com o olhar mirando os seus pés devido ao íngreme chão ao qual pisava, e assim que alcançou o veiculo, imediatamente o seu serviçal elegantemente lhe abre a porta traseira, e assim que Nicole se acomoda no acento do carro, imediatamente pega o tablet que estava ao lado e abre o programa ao qual mostrava a localização através do chip que havia implantado em Maria. Ela podia muito bem ir atras da garota dos olhos âmbar, porem, deu um voto de confiança na mesma, queria usar aquilo como uma prova real para si mesma, de que o amor de Maria era verdadeiro. E assim que o programa deu a sua exata localização, ficou um pouco surpresa ao ver que mesma estava no aeroporto, seu coração deu um pulo na hora. Estava na esperança que a mesma iria retornar a Itália e não desgrudou os olhos do aparelho nem por um instante ate então.

   O tempo foi passando, e quando chegou ate o seu apartamento a suas feições de alegria foi se desmanchando assim que percebeu que a localização da mesma estava indicando um caminho oposto ao do país natal. Maria claramente prosseguia de maneira rápida - devido a velocidade da aeronave - em direção ao leste europeu, e a não ser que haja uma conexão entre o destino final; Nicole estava claramente começando a se acreditar por uma possível fuga da outra. Olhou a sua frente o telemóvel e se segurou para não ligar para o membro responsável da irmandade e relatar todos os fatos, eles estavam ciente do ocorrido com a filha do senhor Barone, e quando um membro do concelho era lesado, todos os demais também eram, porem, ate a irmandade estavam evitando o pior. A única coisa que restava naquele instante para a mulher dos olhos topázio era esperar, e foi em direção as garrafas de vinhos presentes na acomodação para acompanha-la ate a hidromassagem, e por em executando a sua rotina para o desestresse e meditação.

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   A viagem foi um pouquinho mais de uma hora e chegaram no aeroporto da capital da Bielorrússia tranquilamente como duas turistas russas inocentes por ali. Pararam em uma lanchonete assim que saíram da inspeção e Maria não perdeu tempo para contentar Luiza, disfarçando o contanto ocular da russa ao seu lado. Dessa vez demorou muito tempo ate a amiga responder, mas a paciência ali era algo que tinha ser mantida.

– Estou aqui, como havia me indicado. – Maria responde a outra depois de leves cumprimentos.

– "Você foi mais rápida que eu pensei. Pois então, para a sua segurança é melhor você não contatar mais ninguém daqui para frente a não ser eu, e enquanto a sua carona, bem, você sabe que pessoas que estão nesse ramo não irão confiar em você por ser desconhecida, então, eu lhe peço, que seja cautelosa e o respeite." – Luiza deu um suspiro preocupado que deixou Maria com uma pulga atras da orelha. – "Você terá que sair do aeroporto e ficar em frente a rua principal, tire uma foto sua e me mande, mais tarde eu irei contata-la novamente assim que eu receber a confirmação desse meu colega. É melhor você ficar aos arredores do aeroporto, e não saia para outro outro lugar"

   Maria estranhou na hora aquela conversa, geralmente Luiza sempre ia direto ao ponto, mas para a amiga falar dessa maneira é porque que existia algo estranho no ar. Por um par de segundo, pensou que seria melhor elas mesma comprarem passagem avulsas e cada uma para o seu canto, mas Vanoska jamais poderia ficar sozinha e também não poderá segui-la ate a Itália, então, teve que pensar rápido dessa vez.