𝖣𝗈𝖼𝖾 𝖢𝗋𝖺𝗏𝗂𝗇𝖺 ☆ 𝖸． 𝖩𝗎𝗇𝗀𝗐𝗈𝗇，𝖾𝗇𝗁𝗒𝗉𝖾𝗇 ♡︎

:: remedio

- Já foi embora. - ixi, eu nem vi, estava com os olhos espremidos.

Ele me olhou com um olhar calmo e acolhedor, e logo sorriu quando viu minhas mãos agarradas no seu casaco azul escuro. Eu olhei para ele meio envergonhada e soltei suas vestimentas. Comecei a brincar com os meus dedos desejando me dar um tapa na testa de tao idiota que fui agora. Eu devo ter jogado pedra na cruz só pode.

- Sinto muito... - Essa foi a única coisa que eu consegui falar no momento, não dava para eu pensar em mais nada além de como aquele cachorro queria me devorar.

- Está tudo bem? - Me perguntou me fazendo olhar para cima. - Sabe você caiu, queria saber se doeu, se lesionou? - ele meio que me escaneou, me fazendo ficar ainda mais vermelha.

- Eu to bem! Prometo! - Mentira. Eu realmente não sei mentir bem, isso é uma coisa que me orgulho bastante pra falar a verdade, mas agora era hora certa para mentir.

Eu estava sentindo um pouco de desconforto no meu joelho, mas acho que não foi nada. Pelo menos eu espero. Ele assentiu e virei de costas para ele e comecei a andar.

Meio que tropeçar né.

Acredito que machuquei o joelho, então eu estava mancando.

- Lesionou a perna? - Me perguntou preocupado e eu neguei. Certeza absoluta que não fui nada convincente. - Venha comigo, Kang Yari - Ele sorriu e pegou minha mão.

Sua mão quentinha e macia causou um arrepio pelo meu corpo, já que minha mão estava quase congelada. Era muito bom o seu toque para falar a verdade, era como se completasse minha mão seca e fria. Ele me levou até a sua casa azulada para fazer sei lá o que.

Ele gritou que estava em casa, e uma voz meio rouca o respondeu.

- Sente-se aqui. - Deu pequenos tapinhas em uma poltrona, e assim o fiz. - Eu já estarei de volta!

Assim que ele saiu do cômodo que acho que é a sala de estar, eu comecei a olhar em volta da sua casa. É um lugar bem simples, porém super bonito e tradicional. Acho que gostam de azul, já que o esquema de cores é azul, branco, e cinza. Não que eu esteja reclamando, adora essas cores e achei super lindo.

Eu logo olhei para cima, já que uma sombra se fez presente. Era Jungwon com um kit de primeiros socorros.

- Yah, não precisa disso não!

- Poderia levantar sua calça, por favor? - Pediu calmo. E eu fiz o que disse. Eu vi meu joelho arranhado e sangrando. Putz vai sujar toda a minha calça. - Está bem feio Kang Yari.

Ele começou a passar o algodão com o remédio no meu joelho, e logo passando o olho em alguns de meus hematomas. Droga. O garoto me olhou meio preocupado, eu sorri falsamente. Não era para ele ter visto, não passei a maquiagem hoje, então estão bem visíveis. Eu sei que já passou um tempo e que era para terem sumido, mas não sei o porque ainda estão aqui. Eram umas bolinhas roxas misturadas com verde o preto por toda a minha perna. Quando ele terminou, foi colocar o merthiolate, eu gemi de dor e segurei na mão dele que estava posicionada do meu lado para se apoiar. Eu achei que iria segurar o sofá, mas não, era muito mais macio que isso. Quando a dor passou, olhei para nossas mãos e tirei a minha de cima da dele enquanto vi ele sorrir envergonhado. Eu me desculpei novamente.

O mais alto pegou um band aid o posicionou no machucado. Eu vi o mesmo olhando para a minha cicatriz no calcanhar.

- Foi um cachorro, não se preocupe...

Ele me olhou meio calmo e meio preocupado. Logo eu vi uma velhinha entrar na sala, era a avó de Jungwon.

- Ola! Não sabia que teríamos visita hoje! - Que fofa meu deus, isso deve ser de família só pode.

- A encontrei no trajeto, vo! - Eu sorri para a mesma, que já mostrava os dentes abertamente para mim.

- Quer comer algo? Meu marido acabaste de fazer algumas guloseimas! - Olhei para a bancada e vi algumas bolachas. Parecia tão bom!

Eu aceitei, porque recusar é falta de educação, e também eu estava morrendo de fome.

- Muito obrigada senhora! - Me curvei e fui em direção a ela.

O tempo passou e conheci também o avô de Jungwon, ele é uma pessoa tão legal! Na verdade, a família toda de Jungwon é. Seus avós são tão divertidos e me senti tão acolhida por eles. Eu nunca conheci meu avô, não sei o motivo certo, mas minha mãe falava que ele "é uma pessoa ruim" E como uma criança obediente, eu acreditei. Ah o que eu daria para ter uma família unida e amorosa assim, acho que daria tudo. Eu amo muito minha dinda e minha avó, mas elas são as únicas da minha família que eu realmente falo.

Quando eu estava indo embora, a Sra. Yang me chamou.